| Foto: Sossella

Josiel na Itália? Paraná garante que é boato

A informação surgiu ontem pela manhã nos bastidores da Vila Capanema. Josiel já estaria negociado com o futebol italiano e só aguardaria o término do Campeonato Brasileiro para se despedir do Paraná e viajar. O Tricolor enfrenta ainda o Santos (25/11) e o Vasco (2/12) na briga para fugir do rebaixamento. O valor da negociação giraria em torno de R$ 4,5 milhões. Vice-presidente de futebol paranista, José Domingos desmente a versão, classificando o fato como "especulação de quem quer tumultuar". "Não existe absolutamente nada. O Josiel vai jogar contra o Santos. E mais para frente, se surgir algum negócio, pensaremos no assunto", afirma o dirigente.

Liberado pela diretoria, Josiel está descansando com a família no Rio Grande Sul e retoma os trabalhos na segunda-feira. (CEV)

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Era para ser o ano mais glorioso da história do Paraná. Não foi. A empolgação da estréia na Libertadores não durou muito tempo. Uma série de erros faz o time que entrou janeiro so-nhando com a América fechar a temporada na luta desesperada contra a Segunda Divisão.

O Tricolor já não depende só de si para continuar na elite do futebol brasileiro. Terá de vencer Santos e Vasco e contar com tropeços de Corinthians e Goiás se não quiser trocar de lugar com o rival Coritiba. Desfecho quase inacreditável para quem virou 2006 carregando o status de quinto melhor time do país. "Li-ber-ta-do-res", gritavam os torcedores, orgulhosos do feito.

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No "jogo da vida" com o Peixe, no próximo dia 25, na Vila Capanema, Saulo de Freitas deverá escalar apenas três jogadores da formação idealizada por Zetti para enfrentar o Cobreloa-CHI, em fevereiro, pelo torneio continental. Neguete, Goiano e Josiel são os remanescentes de um grupo armado para fazer história, e que agora tenta não entrar para a história pela porta dos fundos. "Só conseguiremos salvar o ano se não formos rebaixados", decreta o zagueiro Neguete.

A reformulação do elenco em meio à disputa do campeonato é apenas a mudança mais visível. O Tricolor se transformou também em outros setores. Foram cinco técnicos em 11 meses de bola rolando. Entre Zetti e Saulo, Pintado, Gílson Kleina e Lori Sandri deram as cartas na Vila.

"Mudou para caramba. O trabalho com o Zetti era muito bom, todo mundo aqui gostava dele e jogava para ele. Não tinha ninguém insatisfeito, nem mesmo o pessoal que participava pouco dos jogos", afirma Neguete, desde setembro de 2005 no clube. "Aí foi mudando, mudando... e não houve tempo para adaptação", complementa ele.

O colunista da Gazeta do Povo e comentarista da Rádio Transamérica, Aírton Cordeiro, acrescenta mais um item à explicação do jogador paranista. Para ele, o fracasso tricolor tem nome e sobrenome: José Carlos de Miranda. "Ele foi a grande decepção deste ano", diz o jornalista, fazendo referência ao afastamento do dirigente da presidência, no mês passado, por suspeita de se beneficiar de transferências de jogadores do clube.

"O primeiro erro foi desmanchar aquele time vencedor do ano passado. Houve ainda um novo desmanche no curso do campeonato. Tudo com a ciência do presidente, que autorizava a saída dos jogadores e ainda escolhia os treinadores e definia o momento de dispensá-los", opina.

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A avaliação é praticamente a mesma do vice-presidente de futebol, José Domingos. "A situação começou a ficar difícil quando perdemos o título estadual", revela. Favoritíssimo a ficar com o bicampeonato paranaense, o Tricolor acabou derrotado pelo modesto Paranavaí. "É claro que houve a contratação equivocada deste ou daquele treinador, deste ou daquele jogador. Mas o grande castigo foi perdermos pontos preciosos para o último colocado (América-RN). O ano realmente não foi bom para o Paraná."