Lipatin confirma negociação na internet
Além da clara vontade do jogador, a volta de Ricardinho ganhou força após o empresário e ex-jogador, Marcelo Lipatin, que foi companheiro do meia no Paraná, ter publicado no site da sua empresa, Lipatin Sports, que o Tricolor estava negociando a contratação de um grande ídolo do clube.
Publicada na segunda-feira, a nota informava que nos próximos dias o Tricolor irá anunciar a maior contratação de toda a sua história. "Sem sombra de dúvida será a maior aquisição do clube desde a sua existência, voltará num momento dificílimo do clube para recolocar o Tricolor no lugar onde ele mesmo o deixou e retornará com a legalidade, conhecimento e autonomia que os grandes campeões tem para isso. Confiante nesse projeto estamos todos, agora somente faltam os detalhes finais para execução do mesmo", afirmou o empresário, no site da sua empresa.
Na tarde de ontem, a mensagem foi apagada e substituída por outra, com conteúdo mais contido. "Tempo de esperança e boas notícias ao Tricolor. Cremos no projeto apresentado a um clube que nasceu grande e não pode continuar como está. Coisas boas poderão acontecer, aguardem", diz o novo post.
O projeto da contratação foi elaborado pela Lipatin Sports e apresentado ao jogador e ao clube. Entretanto, o empresário não confirmou que o reforço anunciado por ele é o meia Ricardinho.
De acordo com Lipatin, os dois são amigos, mas a confirmação só será feita após uma reunião nos próximos dias entre o clube e o seu atleta, que não teve o nome revelado. Ainda de acordo com o ex-jogador, o aspecto econômico não será um entrave na negociação. (CB)
Em um ano que promete ser turbulento, com a disputa das segundas divisões local e estadual, o Paraná se esforça para poder contar com um líder bem conhecido da torcida. Um dos maiores ídolos do Tricolor, o meia Ricardinho acena com a possibilidade de retornar à Vila Capanema. Como jogador ou gerente de futebol.
O atleta, que está com 35 anos, não deve permanecer no Bahia e garante que vê com bons olhos uma volta ao clube que o revelou. "Tudo pode acontecer. Teremos boas definições na semana que vem", afirmou, em entrevista por telefone.
Ricardinho não se reapresentou ontem ao time baiano. Ele conversou com o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, e pediu mais alguns dias de férias para refletir sobre o seu futuro no futebol. A distância dos filhos, que moram em Curitiba, é apontada como o principal fator para o meia não permanecer em Salvador, mesmo tendo mais um ano de contrato com o time nordestino.
Após defender 11 equipes na carreira, Ricardinho não sabe se continuará jogando ou se irá pendurar as chuteiras. Ele pretende aproveitar o restante da folga com os familiares para tomar uma decisão final. Independentemente do veredito, as chances de o meia acertar com o Paraná são grandes. "Não sei como vai ser minha continuidade profissional. Estou tomando minha decisão, mas gostaria de voltar [ao Paraná] um dia, dentro ou fora de campo", garantiu.
Ainda que decida abandonar os gramados, a vinda de Ricardinho ainda seria muito bem-recebida pelos dirigentes paranistas. O jogador, que defendeu o Tricolor entre 1994 e 1997, poderia atuar como gerente de futebol, agindo nos bastidores.
Apesar de negar que haja uma negociação em andamento com o Paraná, o pentacampeão mundial confirmou que já conversou com o presidente Rubens Bohlen e elogiou o trabalho da nova diretoria. "Eu o conheci pessoalmente e tenho certeza que com um bom planejamento ele fará uma grande administração", disse.
Mesmo longe do Tricolor, Ricardinho sempre manteve vínculo com o clube. Em 2007, foi um dos primeiros a comprar um camarote no projeto de revitalização do Estádio Durival de Britto para ajudar financiar a reforma. No mesmo ano, o meia foi o intermediador da negociação que trouxe a empresa espanhola Joma, que era sua patrocinadora pessoal, para ser a fornecedora de material esportivo do time.
Se o retorno se concretizar, Ricardinho voltará ao Tricolor após 15 anos. O jogador deixou a Vila Capanema em 1997, com 21 anos, rumo ao Bordeaux, da França. Torcedor paranista assumido, ele garante que as más administrações do clube nos últimos anos foram responsáveis por adiar o seu retorno. "Resolvi ficar mais distante. Não acompanho o dia a dia do clube, dentro do futebol a gente sabe como está a realidade do Paraná e o que os dirigentes fizeram", criticou.
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