Com primeiro treino da temporada fechado para a imprensa, diretoria tricolor se reúne dentro da Vila Capanema. Demissões na parte administrativa estão em pauta| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
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Carreira recheada de títulos

Ricardinho, 35 anos, vestiu a camisa de 10 clubes e da seleção. Defendeu o país na conquista do penta na Copa de 2002, na Coreia-Japão, e também foi ao Mundial de 2006, na Alemanha. Depois de começar a carreira no Paraná, o agora treinador defendeu o Bordeaux (França), Corinthians, São Paulo, Middlesbrough (Inglaterra), Santos, Besiktas, Al-Rayyan (Catar), Atlético-MG e Bahia. Sem contar o penta pelo time nacional, o ex-meia teve uma trajetória vitoriosa como jogador – especialmente pelo Timão, vencendo o Mundial da Fifa (2000), dois Brasileiros (98-99) e Copa do Brasil (2002). Pelo Santos também foi campeão nacional (2004). Faturou seis estaduais: três paranaenses, dois paulistas e um mineiro.

Confira a opinião de outros ídolos do Paraná que já fizeram o mesmo que Ricardinho

O anúncio de Ricardinho, 35 anos, como treinador do Paraná não mexeu apenas com os ânimos da torcida. A chegada do novo co­­mandante à Vila Capanema im­­pôs uma dinâmica diferente na organização do clube. Após se aposentar como jogador, ele chega ao Tricolor com autonomia e ple­­nos poderes para moldar a lo­­gística paranista.

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Na segunda-feira, dois dias an­­tes de ser confirmado como técnico, Ricardinho esteve na Vila Olím­­pica junto com Rodrigo Poz­­zi, seu irmão e novo auxiliar-técnico do time, para avaliar e indicar as reformas que serão feitas na sede do Boqueirão.

A partir de fe­­ve­­reiro, por opção do pentacampeão mundial, os trei­­namentos serão realizados no desativado estádio do Tricolor e não mais na Vila Capanema, co­­mo vinha ocorrendo nos últimos anos.

Em péssimas condições, o com­­plexo irá passar por reformas para dar condições para os atletas. A academia e a fisioterapia do clube serão transferidas para a pra­­ça esportiva graças à intervenção do novo comandante.

Outra mudança significativa na estrutura da equipe foi a de­­missão de Ageu, membro da co­­missão permanente do clube e que vinha atuando como auxiliar de treinadores há quatro anos. O ex-za­­gueiro foi comunicado na manhã de ontem que não estaria mais nos planos.

A saída dele, no mesmo dia do anúncio de Ricardinho, e a con­­fir­­mação do irmão do novo téc­­nico como substituto indicam que a decisão de não contar mais com o ex-zagueiro partiu do antigo ca­­misa 10.

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"A gente é funcionário do clube e, agora, eu estou fora. Isso acontece, é normal no futebol. Houve uma troca de comando e a nova diretoria não quis contar comigo", lamentou Ageu, que che­­gou a jogar junto com Ricar­­dinho entre 1995 e 1997.

Além de "carta branca" no profissional, Ricardinho deve ter uma presença mais gerencial nas categorias de base do clube. Cria tricolor, ele pretende ter um papel fundamental na transição dos garotos para o time de cima. A amigos, ele já declarou que a aposta nos pratas da casa é o melhor caminho para o clube voltar aos títulos.

A apresentação de Ricardinho será hoje, às 17 horas, na sede so­­cial do clube. Além do novo trei­­na­­dor, Rodrigo Pozzi, auxiliar, e George Castilhos, preparador físico indicado pelo técnico, farão parte da comissão técnica tricolor.