Ricardinho quer paz. O lateral-esquerdo pede uma trégua aos coxas-brancas, que se acostumaram a vaiá-lo após o rebaixamento do ano passado na mesma intensidade em que demonstram seu amor ao verde e branco. O prata-da-casa não tem chance de errar no Alto da Glória. Um passe torto ou um cruzamento sem direção bastam para que o coro de "fora, Ricardinho", ecoe sem dó no estádio.
A perseguição era tão grande que o ex-técnico Estevam Soares, alegando que o ala precisava de um acompanhamento físico e psicológico específico, resolveu "preservar" o jogador. Até da reserva Ricardinho foi sacado.
Mas Estevam não resistiu ao sonolento empate com o Sport, quando o Coritiba atuou por quase 60 minutos com dois homens a mais. Paulo Bonamigo foi recontratado e como primeira providência, devolveu a camisa 6 a Ricardinho. Responsável por lançá-lo entre os profissionais, o treinador sabia o que estava fazendo. "Comigo o Ricardo vai voltar a ser o jogador de antigamente", disse o técnico, no dia de sua apresentação oficial.
Bona tinha razão. O velho Ricardinho, aquele que chegou a deixar o selecionável Adriano no banco, voltou. Pelo menos é o que indicam os dois gols marcados no triunfo de sábado sobre o São Raimundo, que reaproximou o Alviverde, quarto colocado com 11 pontos, dos líderes da Série B.
"O Bonamigo me deu confiança. E com os gols eu recuperei o moral. Ficava difícil trabalhar com toda aquela cobrança. Espero que tenha acabado. O torcedor precisa entender que precisamos deles do mesmo jeito que eles precisam da gente", disse o lateral, logo após o treino regenerativo de ontem à tarde na piscina do CT da Graciosa.
Apesar dos elogios, Ricardinho não deverá se livrar da monitoração diária do "professor". Experiente, Bona sabe que o pupilo só se deixará de ser o alvo predileto da arquibancada no momento em que atingir a regularidade. "O mérito é dele. O bom jogador pode até passar por uma má fase, mas não desaprende a jogar futebol. Só que eu sei que o Ricardo pode dar ainda mais para o time", comentou o técnico.
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