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Em 2009, Ricardo Gomes assumiu o São Paulo com a temporada em andamento. Agora, iniciando o ano no comando da equipe, ele quer implantar o seu estilo. E avisa que o Tricolor de 2010 vai jogar de uma forma diferente. A começar pelo esquema tático.

"Enraizado", como ele mesmo diz, o 3-5-2 perderá a vez no Morumbi. Adepto do tradicional 4-4-2, Ricardo afirma que o elenco vai precisar de um tempo para se readaptar. Mas acredita que vá colher frutos nas competições que disputará: Paulista, Libertadores e Brasileiro.

"Vai ser um São Paulo diferente. Vamos jogar de forma diferente. O 3-5-2 está enraizado e os jogadores já sabem atuar nele de olhos vendados. O 4-4-2 sempre me agradou mais, mas os times precisam ir bem independentemente do sistema".

Criticado por presidente do Sindicato dos Atletas, Tricolor rebate em nota oficial

Em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, o ex-goleiro e presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo, Rinaldo Martorelli, criticou o modo como o São Paulo conduz os contratos, principalmente com os jovens da base. As declarações foram motivadas pelo fato de Diogo, Oscar e Lucas Piazon terem entrado na Justiça contra o Tricolor. Martorelli diz que o clube paulista coage os jovens para criar contratos de gaveta e não é 100% correto em suas transações. Ele cita o caso de Diogo, que teria perdido o lugar que ocupa na concentração do CT com a chegada dos reforços. O São Paulo se manifestou através de nota oficial e foi bastante agressivo em sua resposta, acusando o presidente de oportunista.

A nota oficial tem dez tópicos e começa dizendo que as manifestações de Martorelli são inoportunas, descabidas e levianas. Para o clube, ele está se aproveitando da onda de processos judiciais para questionar procedimentos que o clube adota há décadas. "Parece que o Presidente do Sindicato viu no movimento pontual das ações recentemente ajuizadas contra o São Paulo a oportunidade de se colocar "sob as luzes" geradas pela repercussão dos fatos junto à opinião pública", diz um trecho.

O clube explica ainda que Martorelli não tem conhecimento dos fatos para dizer que o São Paulo age de má-fé. E nega qualquer tipo de coação, inclusive a familiares dos jogadores. A instituição pontua a insinuação de que teria coagido a mãe de um atleta como "absurda e irresponsável". O Tricolor acrescenta ainda que o fato de estar amparado pela Justiça (os juízes mantiveram os vínculos dos atletas em questão) é uma prova de que faz tudo dentro das regras.

O São Paulo ainda questionou a legitimidade de Martorelli como presidente do Sindicato, alegando que o mesmo está há mais de 15 anos no comando e não procurou realizar acordos em benefício dos atletas.

Clube também rebate críticas sobre direito de arena

Além dos garotos que resolveram entrar na Justiça, o clube também está sofrendo com ações impetradas por ex-jogadores. Seis atletas que tiveram passagens pelo Tricolor entraram com uma ação requisitando o pagamento atrasado relativo ao direito de arena. São eles: o zagueiro Fabão, o volante Ramalho, o meia Lenílson e os atacantes Leandro, Aloísio e Diego Tardelli.

O direito de arena é uma verba que os clubes têm de repassar ao Sindicato dos Atletas relativa ao pagamento recebido dos direitos de transmissão da TV. A Lei Pelé estabelece que a porcentagem é de 20%. Mas, após um acordo entre o Sindicato e os clubes, esse valor caiu para 5%, que foi pago normalmente. O que esses jogadores buscam é o correspondente aos 15% restantes. Na nota, o São Paulo diz que o Sindicato segue recolhendo valores e não os repassa aos atletas. Confira o trecho sobre o assunto.

"O Sindicato dos Atletas foi agente de um acordo realizado no ano 2000 com Clube dos 13 e Federação Paulista de Futebol, cuja finalidade seria a de fixar o valor do repasse do percentual do direito de arena aos atletas. O Sindicato se incumbiu de realizar a função de "repassador" de tais valores e, por essa atividade, se arvorou o recebimento de um valor sobre o repasse, a título de "percentual de administração". Administração de um acordo que não pôs fim aos litígios que, ao contrário, só fizeram aumentar entre atletas e clubes. Todavia, o Sindicato segue recebendo regiamente sua comissão - "percentual de administração" - sobre valores que os clubes poderiam perfeitamente repassar diretamente aos seus atletas".

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