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Richarlyson (foto) fez um desabafo ontem, ao fim do último treino do São Paulo antes do jogo contra o Botafogo. "É preciso acabar com todo tipo de preconceito, seja por questão sexual, de raça ou de credo", disse o jogador. "As pessoas têm de parar de se preocupar com a vida dos outros."

Richarlyson deu as declarações logo após saber que o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho terá 15 dias para explicar ao Conselho Nacional de Justiça os motivos que o levaram a arquivar a queixa-crime do jogador contra José Cyrillo Júnior, diretor-administrativo do Palmeiras (que havia identificado Richarlyson como homossexual num programa de TV).

"Fiquei sabendo da decisão do juiz, mas agora o pepino está com ele", disse Richarlyson. "Não sou formado em direito, não tenho que argumentar com ele. Mas foi uma irresponsabilidade, falou de forma pejorativa."

Em sua sentença ao arquivar a queixa-crime de Richarlyson contra Cyrillo, o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho escreveu que "futebol não é jogo para homossexual".

Ontem, Richarlyson declarou que aceitaria um pedido de desculpas tanto do juiz quanto do dirigente palmeirense. Mas fez questão de repetir que nem por isso desistiria dos processos que move na Justiça. "Esse tipo de coisa não afeta só a mim e a minha imagem. Isso prejudica o Campeonato Brasileiro e o país", afirmou.

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