Um dos líderes do Paraná, o volante Serginho, de 23 anos, perdeu espaço com Roberto Fonseca. A reserva, condição iniciada há duas rodadas, aborreceu o jogador que, mesmo chateado, diz respeitar a decisão do técnico.
Fonseca decidiu sacá-lo com a alegação de dar "mais poder de marcação" no jogo contra o São Caetano, fora de casa (30/7) empate por 1 a 1. Porém, no revés por 3 a 1 para o Barueri (5/8), na Vila, Serginho seguiu do lado de fora. "Nenhum jogador gosta de sair da equipe. Até se gostasse seria estranho", afirma Serginho.
O marcador se salvou na campanha do rebaixamento no Paranaense e era homem de confiança e titular incontestável na gestão de Ricardo Pinto, que durou as três primeiras rodadas da Série B. Já sob o comando de Fonseca, saiu jogando em mais oito duelos, até ser preterido.
"Depois que o Fonseca chegou eu cresci muito, então tenho muito a agradecer", ressalta o volante, evitando qualquer crítica. "Ele escala o time. Quando a gente assina contrato não assina para ser titular absoluto, para disputar todas as partidas. Tem de pensar no Paraná, que é muito maior do que nós todos".
Para o duelo de sábado contra o ABC, no Durival Britto, Garroni voltou a sair na frente. Apesar da vantagem, o ex-jogador da Chapecoense não se considera "dono" da posição. "Os dois marcam e procuram jogar. Acho que muda muito pouco", diz.
O raciocínio é embasado pelos números do Footstats. Serginho realizou duas exibições a mais (12 a 10), soma 20 desarmes, 14 finalizações e aproveitamento de 83,1% nos passes. Garroni tem 27, 11 e 85,1%, respectivamente. Ambos marcaram um gol no Nacional. "Tenho certeza de que as oportunidades vão aparecer. Se o professor quiser eu brigo por vaga até com o [goleiro] Zé Carlos", avisa Serginho.
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