O vereador Paulo Rink (PPS), ídolo do Atlético nos anos 90, foi convidado para enfrentar Mario Celso Petraglia – ou um candidato indicado pelo atual presidente –nas eleições do clube que serão realizadas em dezembro.
O “sim” do ex-jogador, no entanto, está condicionado a uma união dos dois grupos de oposição do Rubro-Negro.
Quem fez o convite foi o advogado Henrique Gaede, líder de uma das alas que se opõe à atual gestão do Furacão. Ainda há outro grupo de oposição, chamado “Democracia Atleticana”, que conta com o apoio do ex-presidente José Carlos Farinhaki.
Rink não considera saudável esta divisão.
“Não penso em aceitar [o convite] nesse momento pela existência de dois grupos de oposição. Apesar de ter colocado meu nome para ajudar o clube, do jeito que está, vou me abster”, disse o vereador, que acredita que o ideal para o Atlético seria uma chapa única, inclusive com membros da atual gestão. “Eu preferiria assim, mas sei que talvez isso não seja possível. É um sonho”, admitiu
Se participar do processo eleitoral, Rink considera que tem como principal trunfo a boa relação com o poder público, o que, segundo ele, seria fundamental para o clube resolver as pendências com a prefeitura e o governo estadual, relativas à reforma da Arena da Baixada para a Copa de 2014.
“Poderia intermediar para que o clube possa pagar o que deve ou tentar encontrar uma solução mais transparente”, disse. “Não adianta o Atlético ter lado A, lado B e lado C. Tem que ser o lado do Atlético para resolver as dívidas que o clube fez e não correr o risco das penhoras”, defendeu.
Ídolo dentro das quatro linhas, Paulo Rink teve uma passagem conturbada como dirigente pelo Furacão. Em 2011, ano que o Rubro-Negro foi rebaixado para a Série B, ele exercia a função de gerente de futebol na gestão de Marcos Malucelli e foi acusado de falta de comprometimento.
Durante uma viagem do time para jogar em Florianópolis, Rink participou de um torneio de pôquer no hotel em que o elenco estava concentrado. Depois disso, acabou demitido.
Além do vereador, o grupo de Henrique Gaede cogita outros dois nomes para enfrentar a situação: João Alfredo da Costa Filho, que já ocupou o cargo de vice-presidente na atual gestão duas vezes, e Guivan Bueno, presidente do Conselho Deliberativo em 2001, quando o Atlético conquistou o título brasileiro.
“São grandes atleticanos, todos com história no clube, e com carinho da torcida. Na próxima semana definimos o nome para lançar a chapa”, disse Fernando Munhoz, coordenador da campanha. O grupo tem o apoio oficial dos ex-presidentes Ênio Fornéa, Valmor Zimermann e Marcos Coelho, este também campeão brasileiro de 2001.
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