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Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Dezoito anos nos gramados chegaram ao fim. Aos 34 anos, Paulo Rink ensaiava a despedida desde janeiro e oficializou o adeus de forma discreta, ontem. Um longo resumo da sua trajetória publicado no site oficial do Atlético poderia ser o ponto final na carreira. Mas é apenas um divisor de águas.

Saem as chuteiras e entra o terno do futuro manager com identificação suficiente para continuar ligado ao Rubro-Negro. O empenho para ajudar o Furacão a trazer a Copa do 2014 para a Arena fará parte dessa transição entre a figura do sétimo maior artilheiro da história do clube, com 80 gols, e o novo executivo de futebol.

O último ato em campo será em grande estilo. No dia 24 de maio, ele reunirá seus amigos mais próximos para o jogo da aposentadoria. O evento será seguido de um jantar de gala.

Estarão em Curitiba jogadores como os alemães Schneider e Ballack e o técnico Rudi Völler. Todos contemporâneos do brasileiro talentoso que derrubou o conservadorismo germânico e garantiu vaga na seleção daquele país.

São esperados na Arena selecionáveis brasileiros como Zé Roberto, Lúcio e Juan. Como Paulo Rink, eles experimentaram as dificuldades da língua, do frio e da saudade da família para vencer no futebol alemão.

"Tinha momentos que eu e minha esposa nos abraçávamos naquele frio e chorávamos. Os primeiros seis meses foram muito difíceis", relembra Rink.

E como não poderia faltar, no ataque dos Amigos do Paulo x Atlético estará o amigo, a melhor dupla e o companheiro da parte mais gloriosa da sua passagem pelo Atlético. Oséas já confirmou presença. Para jogar os 90 minutos (uma exigência de Paulo Rink), chegou a contratar um personal trainer para recuperar a forma na Bahia.

"Estou muito contente e envolvido com esses preparativos. É legal parar dessa maneira. Minha decisão foi no momento certo, quando ainda poderia jogar. O futuro é um novo desafio, ainda incerto. Pode haver uma parceria com o Atlético por eu ter as portas abertas no clube. Mas ainda não sei", afirmou o atacante.

"Ele é um jogador diferenciado, soube aproveitar como ninguém o fato de ser canhoto", relembra Nílson Borgues, que o revelou no profissional em 89. "O Paulo é muito identificado com o Atlético, teve seu auge aqui e ainda garantiu uma bolada para o clube", relembra Sicupira.

A venda do atacante ao Bayer Leverkusen, em 97, alavancou o novo Atlético. Com 6 milhões de dólares em caixa – valor jamais pago por um atleta paranaense até então –, o clube iniciou a reformulação que assombra até o seu "fiador".

"Às vezes, olho o CT e pisco os olhos para ver se é verdade. De igual entre aquele Atlético e o de hoje, só a paixão do atleticano", fala o jogador, que chegou até a encarar jornada tripla entre clube, faculdade e Exército, em 92.

"Fui convocado porque no dia de me apresentar, um oficial lia o jornal e lá estava a minha foto, falando se eu ia jogar ou não. Sabia que sempre chamavam jogadores. Quando ele perguntou se era eu na foto, neguei na hora. Daí, viram meu documento e não teve jeito, me chamaram. Chorei um monte", relembra.

- Na internet: veja o golaço de paulo rink contra o santos, em 96, no www.gazetadopovo.com.br/arquibancada.

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