O Rio Branco acusa jogadores do próprio clube de tentativa de manipulação de resultados nos jogos do Campeonato Paranaense 2018. O caso foi levantado pelo presidente do clube, Leandro Ribeiro. O cartola afirmou que fez uma denúncia para a Polícia Civil e o Ministério Público. O dirigente cita o atleta Thiaguinho como um dos envolvidos.
“Foi um grupo do Whatsapp feito pelo Thiaguinho. Ficamos transtornados. Já fizemos a denúncia na Policia Civil”, declarou Ribeiro à rádio Difusora, de Paranaguá. “Nós já tínhamos uma desconfiança porque no primeiro turno tivemos uma campanha excelente, quase brilhante. Nós sabíamos que alguma coisa estava errada. Não é possível um time chegar na final da forma que foi e depois ir desta forma no segundo turno. Sabíamos que alguma coisa estava acontecendo”, lamenta o presidente.
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O Rio Branco foi finalista do primeiro turno e perdeu o título da Taça Dionísio Filho para o Coritiba, por 3 a 0 , no Couto Pereira. No segundo turno, o clube foi o lanterna do Grupo B e quase acabou rebaixado. Na última rodada, os jogadores do Rio Branco ameaçaram não viajar para enfrentar o Londrina, sob a alegação de falta de pagamento dos salários, mas desistiram da ideia e entraram em campo: o time foi derrotado por 4 a 1.
“Nós estávamos sempre em conversa com os atletas, mas ninguém queria falar nada. Até que um atleta acabou entregando isso a um diretor. E ele acabou passando tudo para nós. O Thiaguinho soube que a diretoria estava vendo o caso e criou um grupo de WhatsApp entre os jogadores para tentar se desculpar do que teria tentado fazer. Mas pelo Estatuto do Torcedor, só a tentativa de manipulação já é crime”, complementou o presidente do clube, Leandro Ribeiro. Segundo o Estatuto, a pena para quem cometer o crime é de reclusão de dois a seis anos.
A reportagem tentou entrar em contato com Ribeiro, mas o dirigente não foi localizado.
O atacante Rodrigo Jesus conta que a oferta foi feita para alguns jogadores do Rio Branco antes do jogo da última rodada, contra o Londrina.
“Ofereceram R$ 5 mil pra mim. Neguei na hora e o Flaysmar [goleiro], que estava junto comigo, também negou. Acredito que em função da nossa negativa, desistiram de procurar os outros atletas. O Thiaguinho nem estava jogando e só foi usado como ponte”, explicou o jogador em entrevista à Tribuna do Paraná.
O Procurador Geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Pedro Henrique Val Feitosa, afirma que irá abrir inquérito para investigar o caso. “Ainda é tudo muito recente e novo para o Tribunal. Talvez seja a primeira vez na história este tipo de caso no Paraná. Até o final de semana não muda nada no Campeonato. Já na segunda-feira, vamos conversar com a corregedoria para abrir o inquérito, para daí partirmos para a investigação. Temos que ouvir todas as partes envolvidas para não cometer nenhuma injustiça. O inquérito é feito de forma rápido, acredito que em 30 dias. Tudo depende da quantidade de pessoas ouvidas”, explica Feitosa.
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