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Felipe Massa terá de correr na China com motor exigido ao máximo no GP do Japão | Toru Yamanaka / AFP
Felipe Massa terá de correr na China com motor exigido ao máximo no GP do Japão| Foto: Toru Yamanaka / AFP

O ritmo de corrida que levou Felipe Massa ao sétimo lugar no GP do Japão pode custar caro ao brasileiro em Xangai, onde a Fórmula 1 disputa no domingo a penúltima prova da temporada 2008. No circuito de Fuji, o brasileiro correu com um motor novo em sua Ferrari, e terá de usá-lo novamente na etapa chinesa, como manda o regulamento da categoria.

Ao contrário do que costuma ocorrer, Massa não poupou o carro nas voltas finais da prova. Em vez de limitar o giro do motor, de olho na próxima etapa, andou de pé embaixo e cravou quatro vezes a volta mais rápida, pois fazia corrida de recuperação depois de ser punido pelo toque com Lewis Hamilton.

De acordo com as regras da Fórmula 1, os pilotos devem usar o mesmo motor em duas etapas consecutivas, sob pena de perder dez posições no grid. Acidentes e problemas mecânicos são exceções e não implicam punição. Além disso, cada competidor tem o direito de usar uma troca "curinga", em punição, por temporada - Massa gastou a sua no GP da Itália.

Para piorar a situação, Kimi Raikkonen - que já prometeu ajuda ao brasileiro - também terá um motor usado na etapa chinesa. E Lewis Hamilton, líder do Mundial, começará os treinos livres de sexta-feira com um propulsor zero quilômetro e ainda tem direito à troca "curinga".

Para evitar correr riscos de quebra, a Ferrari tem três opções em Xangai. A primeira, é limitar o número de voltas de Massa nos treinos livres, a fim de poupar o motor. A segunda, é trabalhar com potência reduzida durante parte da prova, e implicaria perda de desempenho. A terceira é trocar o motor do carro de Massa, o que faria o brasileiro perder dez posições no grid.

Na atual temporada, a equipe italiana já teve problemas de motor em quatro corridas - duas com Massa, na Austrália e na Hungria, e duas com Raikkonen, também na Austrália e em Valência. A quebra de Massa na Hungria, que tirou uma vitória certa do brasileiro, e a de Raikkonen em Valência, aconteceram quando ambos usavam motores pela segunda corrida consecutiva.

O brasileiro é o vice-líder do Mundial, com 79 pontos, a cinco de Hamilton, que soma 84. A duas etapas do fim da temporada, Massa não depende mais apenas de si para sagrar-se campeão. Mesmo que vença as duas próximas corridas, ele deve torcer para o inglês não ficar em segundo na China e no Brasil. Se abandonar a corrida em Xangai, o piloto da Ferrari pode ver o rival comemorar o título com um terceiro lugar.

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