Rivaldo deu à torcida do São Paulo o espetáculo que ela esperava em sua estreia com a camisa tricolor. Na noite desta quinta-feira, no Morumbi, o veterano brilhou na hora certa, marcou um golaço, com direito a chapéu no marcador, cinco minutos depois de o Linense inaugurar o placar, e abriu caminho para a vitória do São Paulo por 3 a 2, de virada, pela sexta rodada do Campeonato Paulista. Marlos e Rogério, de falta, também marcaram.
Conforme havia prometido, Rivaldo aguentou bem os 90 minutos de jogo no Morumbi e foi o principal articulador ofensivo da equipe. No segundo tempo, com o São Paulo tendo cinco homens ofensivos no time, jogou quase como segundo volante. De quebra, foi aplaudido de pé pela torcida em mais três ocasiões: um drible por debaixo das pernas no primeiro tempo, um chapéu com cavadinha e um passe de chaleira no segundo.
Rivaldo, porém, não foi o único craque a brilhar. Em uma falta da entrada da área, já no final do jogo, seguiu a hierarquia tricolor e permitiu que Rogério Ceni fizesse a cobrança. O goleiro colocou a bola por cima da barreira e marcou o seu 97.º gol na carreira, pelas suas contas. A Fifa considera que o camisa 1 do tricolor tem 95 tentos, porque só conta jogos oficiais.
O São Paulo vai a 12 pontos, na quarta posição, empatado em pontos com o Americana, mas atrás pelo saldo de gols. O Linense tem cinco pontos, próximo da zona de rebaixamento.
O JOGO - A festa estava armada para Rivaldo, mas a torcida chegou atrasada. Por conta do horário (19h30), boa parte do público desta quinta no Morumbi foi chegando durante o primeiro tempo. Assim, muita gente perdeu a primeira boa participação do craque, que achou Dagoberto na entrada da área aos 2 minutos. O atacante ajeitou para Jean, que exigiu defesa em dois tempo de Paulo Musse.
Com Rivaldo batendo faltas e escanteios, o São Paulo levava perigo na bola parada, ficava a maior parte do tempo no campo de ataque, mas não assustava Paulo Musse. Já Rogério teve que trabalhar bastante. Aos 10 minutos, André Luiz chutou cruzado da esquerda, Jean desviou e obrigou o goleiro a fazer defesa difícil. Depois, já aos 42, Marcelo Santos arriscou de muito longe e Ceni se esticou para desviar a escanteio.
Lento, mas em forma, Rivaldo participava da maioria das jogadas tricolores, mas não dava velocidade ao ataque do São Paulo. No primeiro tempo, apenas uma jogada de efeito, um lindo drible por debaixo das pernas de Marcelo Santos.
Na segunda etapa, Ilsinho, que apareceu pouco para o jogo, sempre como ponta direita, deu lugar a Marlos. A mudança teve efeito contrário e quem marcou foi o Linense. Léo Costa cruzou da esquerda, Miranda falhou no corte e a bola sobrou para Eric, que bateu cruzado, no contrapé de Rogério, que só olhou.
Parecia que o São Paulo perderia a segunda partida seguida em casa, mas Rivaldo tratou de impedir. Aos 12 minutos, Dagoberto lançou Rivaldo na área, o craque dominou de joelho já chapelando o marcador e, na saída do goleiro, tocou com calma para fazer um golaço.
Aproveitando o apoio da torcida, a boa forma de Rivaldo - que aguentou os 90 minutos - e a postura defensiva do Linense, Carpegiani mudou o time. Tirou Juan e Zé Vitor e lançou o jovem zagueiro Luiz Eduardo e o veterano Fernandão. Com isso, postou a equipe no 3-4-3, com Marlos pela esquerda, Rivaldo na armação e Fernandão como centroavante.
Desta vez a mudança deu certo e o São Paulo virou aos 18 minutos. Após boa troca de passes, Marlos recebeu pela esquerda, chegou perto da pequena área e bateu forte, no alto, sem chances para Paulo Musse.
Atrás no placar, o Linense até tentou empatar, mas parou nas suas limitações técnica. O São Paulo controlou o jogo, com Rivaldo atuando quase que como segundo volante, ajudando na marcação e mostrando que, apesar dos 38 anos, segue em forma. Aos 40 minutos, Rogério Ceni ampliou o placar com uma bela cobrança de falta, colocando a bola longe do alcance de Paulo Musse. Já nos acréscimos, outro veterano, Alessandro Cambalhota, fez o segundo do Linense.
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