As quartas de final do vôlei masculino terão um duelo sul-americano entre times em situações bem diferentes. O Brasil enfrenta a Argentina, hoje, a partir das 10 horas (de Brasília), com uma equipe experiente, que briga pelo segundo ouro olímpico desta geração e o terceiro no total. Aos argentinos, no entanto, bater a mais forte seleção da América do Sul os credencia a tentar ao menos repetir seu melhor feito olímpico: o bronze dos Jogos de Seul, em 1988.
Os dois técnicos do confronto de hoje, Bernardinho, pelo Brasil, e Javier Weber, do lado argentino, têm lembranças opostas daquela Olimpíada de 24 anos atrás. A maior conquista do vôlei argentino foi justamente em uma vitória sobre o Brasil na decisão pelo terceiro lugar. Javier Weber estava em quadra e Bernardinho havia subido há pouco para o posto de auxiliar técnico de Bebeto de Freitas, então comandante da seleção verde e amarela.
De lá para cá, Bernardinho conduziu o Brasil ao ouro em Atenas-2004 e à prata em Pequim-2008. Weber, por sua vez, assumiu como treinador da Argentina há quatro anos, quando o país não se classificou para os Jogos na China. Ele foi responsável por fazer a renovação da equipe. Em três anos, colocou o time no quarto lugar da Liga Mundial de 2011, perdendo nas semifinais justamente para o Brasil. "Este vai ser o jogo mais importante das nossas vidas", resume o ponteiro Rodrigo Quiroga.
Os adversários têm média de idade de 24 anos e sua principal estrela é o ponteiro Facundo Conte, 22 anos, filho de Hugo Conte, medalhista de bronze em Seul-1988. "A Argentina é a mestra da paciência. É uma seleção que tradicionalmente não é tão forte, que conhecemos bem dos campeonatos continentais", analisa Bernardinho. Nos cinco jogos pela fase classificatória, as duas seleções perderam apenas um jogo: o Brasil, para os EUA, que hoje enfrentam a Itália (às 12 h), único time a vencer os argentinos.
Com um time mais velho, na faixa dos 29 anos, os brasileiros querem contar com a experiência para chegar à semifinal. "Temos jogadores que já foram campeões olímpicos e isso nos ajudará, nos dando confiança para o restante da competição", afirmou Bernardinho, embora reconheça que o time ainda precisa de ajustes.
Dos confrontos olímpicos anteriores entre as duas seleções, outro que não traz boas lembranças aos brasileiros foi o de Sydney-2000, também pelas quartas de final. O rival venceu por 3 a 1. "Agora zerou tudo. Temos de passar por cima de qualquer adversário. Olimpíada tem um peso gigante e nós estamos acostumados a lidar com isso", declarou o líbero Serginho.
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