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Um time formado por reservas e jogadores em busca da recuperação da melhor forma. Esse é o adversário que o Atlético terá pela frente, amanhã, às 19h15, em sua estréia na fase internacional da Copa Sul-Americana. O técnico Daniel Passarella já deixou claro que sua maior preocupação é com o Campeonato Argentino. Por isso a intenção é poupar a força máxima para essa competição e usar o continental como observatório para possíveis alterações na equipe principal. "Ele conversou com o grupo e avisou que todos terão chance de jogar na Sul-Americana", atestou Javier Schurman, do Diário Olé.

Mesmo desprestigiada, a versão do River Plate para a Sul-Americana promete ser uma equipe competitiva. Atletas conhecidos como o goleiro Lux, o meia uruguaio Marcelo Sosa e os atacantes Farías – um dos artilheiros da Libertadores deste ano com cinco gols – e Higuaín devem estar em campo contra o Furacão.

O rival rubro-negro vem bem no Torneo Apertura – atualmente é o segundo colocado, com 17 pontos, dois a menos que o Boca Juniors –, mas ainda busca uma identidade. Em oito rodadas, a escalação ainda não se repetiu e o esquema tático vive em mutação. Tudo em prol da segurança – ou da falta dela. "O Passarella admite que a grande dor de cabeça é a defesa", contou o jornalista Hernán Castillo, do Clarín. "O time não estava se encontrando no início do campeonato, mudou para o 3–3–2–2 e conseguiu uma seqüência de quatro triunfos contra equipes mais fracas (antes do empate deste fim de semana com o antepenúltimo colocado Colón, por 1 a 1)", complementou, destacando o poderio ofensivo como o trunfo do time. Quatro jogadores chegam freqüentemente à área rival. Esse número aumenta quando há o reforço surpresa de volantes pelas laterais.

Mesmo completo, porém, o clube fundado em 1901 não é mais o bicho-papão de outros tempo. Não tem mais a mesma qualidade de 2003, quando D’Alessandro comandou a eliminação corintiana na Libertadores com dois triunfos por 2 a 1. E isso já ficou provado no torneio continental do primeiro semestre, quando Passarella despachou o Timão – gerando confronto entre policiais e torcedores no Pacaembu – e caiu em seguida diante do no máximo modesto Libertad-PAR. É um time sempre surpreendente: para o bem ou para o mal.

O pouco caso alvirrubro com a Sul-Americana não é algo novo. A equipe não passou nem da estréia em 2004 (Arsenal-ARG) e em 2005 (Corinthians). Será a primeira vez que o clube começa a competição – criada em 2002 – decidindo sua sorte longe de casa.

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