Principal alvo dos marcadores nos últimos jogos da seleção brasileira, o atacante Robinho está esperançoso que a retomada da parceria com Kaká e Adriano tire um pouco da atenção dos zagueiros sobre ele, abrindo espaço para que volte a fazer os dribles desconcertantes como o que lhe renderá uma homenagem no Maracanã na semana que vem.
Kaká fará contra a Venezuela, no domingo, seu primeiro jogo com a camisa do Brasil em 2008, enquanto Adriano está de volta ao time após ter recuperado a posição de titular em seu clube, a Inter de Milão. Nos treinamentos para as partidas das eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 - o Brasil também pega a Colômbia na quarta-feira no Rio - o técnico Dunga indicou que escalará o time com Robinho e Adriano no ataque, apoiados por Kaká e Elano no meio-campo.
"O Kaká com certeza é um jogador que qualquer seleção que sabe que vai enfrentar respeita muito", disse Robinho a repórteres, nesta quinta-feira, no centro de treinamento da seleção brasileira, em Teresópolis (RJ).
"Com o Kaká jogando, eles com certeza vão ter que se preocupar com ele, com o Adriano e o Elano também, e vai sobrar um pouco mais de espaço para tentar as jogadas", acrescentou o atacante, que antes do jogo com a Colômbia receberá uma homenagem no Maracanã por uma jogada em que deixou o equatoriano De La Cruz desnorteado antes de passar a bola para Elano marcar o gol, na vitória de 5 x 0 sobre o Equador, em outubro de 2007, também pelas eliminatórias.
"A gente joga para se divertir, não esperava ser homenageado por um drible", disse o jogador do Manchester City.
Se a equipe testada por Dunga for confirmada para o jogo na Venezuela, como esperado, Robinho voltará a atuar em sua posição preferida, como segundo homem do ataque. Nos dois jogos anteriores da seleção - 3 x 0 no Chile e 0 x 0 com a Bolívia - ele atuou um pouco mais recuado, pelo lado direito, numa linha de três atacantes ao lado de Ronaldinho Gaúcho e Luis Fabiano.
Robinho ficou satisfeito com a possibilidade de voltar a jogar mais solto na frente, e também citou a importância da presença de um homem típico de área como Adriano.
"Jogar com Adriano é fácil, ele não tem a mesma característica que eu, ele fica mais centralizado, e isso pra mim é bom. Quando fica todo mundo saindo da área, na hora que a gente faz a jogada não tem ninguém lá dentro", afirmou Robinho. "O Adriano está bem, motivado, e espero que a gente possa jogar bem juntos."
O jogo contra a Venezuela será o primeiro encontro entre as equipes desde a derrota brasileira por 2 x 0 para os rivais num amistoso em junho, nos Estados Unidos.
O Brasil, em 2o lugar nas eliminatórias para a Copa da África do Sul, com 13 pontos em 8 partidas, continua sob pressão depois do frustrante 0 x 0 em casa contra a Bolívia, no mês passado, quando a equipe perdeu a chance de afastar as críticas depois de ter vencido o Chile por 3 x 0 como visitante. Nos últimos cinco jogos, a equipe só venceu a partida com os chilenos.
- Kaká manda o recado: "Não sou o salvador da pátria"
- Dunga: "Não tenho qualquer problema com o Kaká"
- Seleção brasileira sobe duas posições no ranking da Fifa; Espanha segue líder
- Adriano treina entre titulares e quer reconquistar espaço
- Sem ouro em Pequim, futebol brasileiro fica sem prêmio
- Brasil folga e apenas goleiros treinam pela manhã em Teresópolis
- CBF define venda de ingressos para Brasil x Colômbia
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Deixe sua opinião