O craqueRobinho - Dribles e golaços estiveram no repertório do artilheiro, que carregou a seleção.
O bondeAnderson - Perdido em campo, o meia não conseguiu armar uma jogada.
O guerreiroSuazo - O atacante incomodou muito a defesa brasileira.
Maturín O Brasil chegou à primeira vitória na Copa América graças ao talento de Robinho. Ele deixou 42 mil pessoas de pé na tarde de ontem, no jogo realizado no Estádio Monumental de Maturín, na Venezuela, em que a seleção brasileira derrotou o Chile por 3 a 0.
Robinho foi o autor dos três gols da vitória brasileira. O terceiro saiu aos 41 minutos do segundo tempo e deveria lhe render homenagens, pela arrancada, o belo drible em Vargas e a conclusão perfeita. No segundo, um pouco antes aos 38 da etapa final , ele já demonstrara toda a habilidade ao tocar com sutileza a bola por cima do goleiro Bravo. E o primeiro foi de pênalti, aos 35 minutos de jogo.
A ordem dos gols não importa. Robinho tinha de pegar a bola e levá-la para a casa. Ele pedalou, deu toque de letra, fez gol, deu show em campo e ainda acabou pivô de uma incrível vaia ao árbitro paraguaio Carlos Torres, após sofrer uma falta não marcada, reclamar e receber cartão amarelo.
Na saída de campo, a polícia teve de fazer um cordão para a passagem de Robinho. Cinegrafistas e fotógrafos buscavam o melhor foco: o craque brasileiro era aplaudido por todo o estádio. E deixava radiantes os milhares de torcedores que vestiram a camisa amarela da seleção brasileira e compareceram ao Estádio Monumental talvez sem saber que fazia um ano da eliminação no Mundial de 2006.
Quem assistiu à partida deve ter tido a impressão de que viu dois jogos num só: o de Robinho, espetacular, e o da seleção brasileira, medíocre, com passes errados, falta de categoria, uma defesa confusa, um meio-campo burocrático enfim, um futebol muito aquém de um time digno de ser identificado como seleção brasileira.
A equipe do técnico Dunga se recuperou da derrota na estréia para o México, por 2 a 0, e passou agora a ter boas chances de classificação no Grupo B.
Vencer com três gols de diferença certamente vai dar tranqüilidade ao técnico Dunga. Mas ele vai ter de trabalhar muito. Uma das prioridades é corrigir os erros de marcação da defesa.
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