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O técnico atleticano Geninho durante treino no CT do Caju: para escalar o recém-contratado Róbston, treinador terá de repensar o meio de campo e até o ataque do time | Antonio More/ Gazeta do Povo
O técnico atleticano Geninho durante treino no CT do Caju: para escalar o recém-contratado Róbston, treinador terá de repensar o meio de campo e até o ataque do time| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Descompasso emocional intensifica o desgaste

Instável na temporada, sob pressão intensa desde que perdeu o Atletiba do primeiro turno, o Atlético vem conseguindo vitórias dentro de campo, mas ainda não está totalmente recuperado emocionalmente. Problema que o próprio técnico Geninho já detectou e que o coordenador da preparação física do clube, Carlinhos Neves, ressalta prejudicar também o time fisicamente.

"Ele [o atleta] acaba correndo mais, mas de forma desordenada. O desgaste é maior, tanto físico como mental", contou o Lampadinha. De acordo com Neves, que também é preparador físico da seleção brasileira, é necessário um equilíbrio entre a parte técnica, muscular, tática e mental para que o jogador possa otimizar seu rendimento dentro de campo.

No Atlético, depois de dois meses de trabalho, a estrutura física não é mais a grande preocupação, pois a base muscular e metabólica está ajustada. O que reflete negativamen­­te é a equipe ainda estar se estruturando, com a saída de alguns destaques do ano passado e a chegada de outros atletas que batalham para se enquadrar no elenco. "Uma equipe que está mais arrumada economiza energia e tem melhor desempenho", explicou Neves, apontando que o rival Coritiba leva vantagem nes­­se quesito por ter mantido a es­­tru­­tura do time campeão estadual e da Série B em 2010.

Mesmo assim, Neves está otimista. "É importante que o torcedor e os analistas percebam que isto [a evolução] não é do dia para a noite. Mas, de uma maneira geral, as coisas caminham bem. Eu particularmente gosto que a equipe se desenvolva e cresça [durante o ano] porque a temporada é muito longa, são muitos jogos e o calendário é muito ruim", finalizou.

Robson Martins

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Depois de uma longa negociação, o volante Róbston se apresenta ho­­je no CT do Caju como o mais novo reforço do Atlético. Ele chega por empréstimo até o fim do ano e no momento em que o técnico Ge­­ni­­nho começa a se preocupar em acertar o meio de campo rubro-negro. Primeiro, o treinador decidiu mexer na defesa, adotando o esquema com três zagueiros.

Mas o que seria uma solução pa­­ra a meia-cancha surge como um quebra-cabeça para o treinador: quem sai do time para a entrada do reforço?

No sábado, contra o Arapongas, mais uma vez ficou evidente a ne­­cessidade urgente de ajustes no setor. Mesmo com a vitória por 2 a 0, em Paranavaí, o Furacão tomou sufoco a ponto de o destaque da par­­tida ter sido o goleiro Sílvio, que livrou a equipe de um revés na abertura do returno.

"Temos de melhorar a marcação e fazer mais gols", resumiu Ge­­ninho, reclamando da falta de jo­­gadas de virada de jogo. "Quando começamos a ter os dois lados [no segundo tempo, com Wagner Di­­niz na ala esquerda, deslocando Kléberson para o meio e adiantando Paulo Baier], encaixou e o gol saiu", avaliou.

Não foi a única crítica do técnico. Ele também reclamou das bo­­las "rifadas" e precipitadamente enfiadas no meio de campo e da falta de posse de bola, especialmente no ataque. Por isso, o técnico diz acreditar que a chegada do volante é em boa hora. "Ele vai ajudar. Tem o passe bom, ajuda a marcar, sabe chegar à frente. É um jo­­ga­­dor de personalidade para um setor em que estamos tendo dificuldade, na saída de bola", fala so­­bre o atleta de 29 anos com quem já trabalhou no Atlético-GO.

Assim, a questão é saber qual formação o técnico irá adotar para a estreia do volante. Sabida­­mente adepto de um jogo que prioriza a marcação e a posse de bola, tudo indica que ele mantenha o volante Alê para atuar ao lado de Róbston. Assim, Geninho teria de escolher um meia ou um atacante para sa­­car da formação titular.

Dois cenários são os mais prováveis: a saída de Madson ou a utilização deste como atacante, no lugar de Guerrón, que então iria para a reserva. Para Kléberson, que começou a partida de sábado improvisado na lateral – sem mostrar bom rendimento –, restaria ficar com a posição de Alê, o que acarretaria, em tese, em perda do poder de marcação, ou também deixar o onze inicial.

A decisão fica ainda mais complicada pelo pouco tempo para testes. Desde que chegou à Bai­­xa­­da, há duas semanas, Ge­­ninho conseguiu fazer apenas dois coletivos. Nesta semana, o Atlético jo­­­­­­ga na quinta-feira, contra o Co­­rin­­thians-PR, e no domingo, contra o Iraty.

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