Um dos principais responsáveis pelo acesso do Santa Cruz à Série A do Brasileiro, o goleiro Cléber voltou ao Atlético com credenciais para reivindicar a camisa 1 em 2006. Porém, ele prefere manter a humildade e não faz qualquer tipo de exigência ao falar sobre a temporada que se inicia. Sabe que tem pela frente uma briga dura pela posição com Thiago Cardoso, aprovado pela torcida nos 20 jogos que fez como titular no ano passado.

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Cléber é um exemplo em evidência da política atleticana de emprestar jogadores sem espaço no clube para ganhar "rodagem". Enquanto alguns desaparecem, ele aproveitou bem a chance de ser titular do Santa Cruz e garantiu o retorno ao CT do Caju. "Essa saída foi muito boa para a minha carreira. Tive uma seqüência de jogos o ano inteiro, fora a experiência que adquiri numa competição forte como a Série B. Agora espero usá-la para ajudar o Atlético", afirmou o goleiro, de 23 anos.

A passagem por Recife foi tão boa que o clube nordestino tentou até o último instante sua permanência. Mas a ida de Diego para o Fluminense abriu uma lacuna no elenco rubro-negro e criou a necessidade da vinda de outro goleiro de bom nível como Cléber.

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"Volto numa situação bem melhor do que saí. Quando fui para Pernambuco não havia jogado muito aqui", lembrou. Mas o goleiro não acha que as boas atuações no último clube são suficientes para garantir a titularidade no Furacão. "Sei que preciso trabalhar muito para conquistar o meu espaço numa das grandes equipes do futebol brasileiro", acrescentou.

Segundo os preparadores de goleiros Almir Domingues e Waldemar Privati, os pretendentes da camisa 1 começam o ano em condições de igualdade. "Acreditamos que o Cléber e o Thiago estão no mesmo nível. Digo mais, o Vinícius (teoricamente o terceiro goleiro) também está muito bem", informou Domingues.

Para Cléber, a disputa pela posição não vai atrapalhar a convivência entre eles. "É uma disputa de amigos, todos criados nas categorias de base do próprio clube. Vai ser uma briga saudável e espero que o melhor possa jogar sempre", completou.

Gabiru

O meia Adriano, cujo contrato com o Cruzeiro se encerrou em dezembro, apareceu ontem no CT do Caju. Apesar de ter compromisso em vigência com o Atlético, sua permanência é incerta. O jogador admitiu a possibilidade, mas o alto salário é o principal empecilho. "Acho que por isso não querem ficar comigo", disse o meia. Internacional e Goiás demonstraram interesse, porém Adriano disse conhecer apenas a proposta do primeiro.

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Apesar do nome do novo treinador continuar mantido sob sigilo pela diretoria, crescem as possibilidades de que seja Toninho Cerezo. Como ele vai se submeter a uma cirurgia de joelho em Belo Horizonte nos próximos dias, o comando do time no início do Paranaense seria entregue ao auxiliar Vinícius Eutrópio.