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Rodolfo (dir.), após pegar pênalti contra o Mixto, pela Copa do Brasil: pressionado | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Rodolfo (dir.), após pegar pênalti contra o Mixto, pela Copa do Brasil: pressionado| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A ótima atuação do goleiro Ney no empate sem gols com o Nacional, salvando o Paraná de uma derrota, colocou um baita ponto de interrogação na cabeça do técnico Wágner Velloso. Não a ponto de ele promover uma troca na posição, mas é possível dizer que a briga pela camisa 1 esteja outra vez aberta na Vila Capanema.

"A comissão técnica se reuniu após a partida e conversou sobre quem seria o titular na sequência do campeonato", diz Renato Secco, preparador de goleiros do clube. "Decidimos manter o Rodolfo, que está muito bem, mas o Ney mostrou que se ele vacilar pode ser titular", completa.

Melhor para o Tricolor que, na reta final da competição, tem dois arqueiros em boas condições para assumir a meta paranista. "Isso é o mais importante, saber que estamos fazendo um trabalho bem feito", declara Secco.

O titular esteve ausente da equipe por ter sido expulso ainda no primeiro tempo da vitória sobre o Cianorte (1 a 0), na largada do octogonal decisivo. No sufoco, Ney entrou e manteve o resultado. Em Rolândia, novamente foi destaque.

"Na minha auto-avaliação fiz dois jogos muito bons e me sinto pronto", afirma o goleiro, bem mais velho que o concorrente – Ney tem 31 anos e Roldofo 18. Na partida de quinta-feira à tarde, ele contou com o apoio dos familiares, que viajaram de Jataizinho, onde moram, para acompanhá-lo no Estádio Erick George. "Foi muito bom ter a minha esposa (Denise), meu filho (Lucas) e o meu pai (Cláudio) torcendo por mim", revela Ney.

Bom momento da função que contrasta com o início tumultuado. Felipe, revelado pelo Santos, foi o titular nos dois primeiros jogos do Paranaense – não rendeu o esperado e até já deixou o Paraná. Talvez para justificar a mexida precoce, o então técnico Paulo Comelli instaurou o rodízio na posição.

Veio então a chance de Ney. Com o bom desempenho, o troca-troca parecia sepultado. Até que ressurgiu depois da derrota para o Atlético (2 a 1). "O Paulo (Comelli) não me disse o motivo da minha saída. Imaginei que teria sido pelo rodízio", diz Ney.

Substituição depois de cinco partidas que não foi aprovada pela preparação. "Fui contra a saída do Ney, não achava que era o momento. Mas acatei a decisão", afirma Secco, no Paraná desde 2003. De lá para cá, Rodolfo vestiu a camisa 1 por oito vezes.

Curiosamente, a comissão técnica paranista é formada quase que somente por ex-goleiros. Além de Renato e Velloso, o primeiro auxiliar técnico, Noslen Mehl, também iniciou a carreira no esporte atuando debaixo das traves. Apesar disso, não há dúvidas sobre quem escala o time.

"Mesmo ele tendo sido goleiro, confia muito no meu trabalho, tenho liberdade total. Mas apenas preparo os jogadores, quem decide sobre a titularidade é o Velloso e ele prefere manter a coerência, já que o Rodolfo tem tido boas apresentações", declara Secco.

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