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Técnico Rogério Perrô não gostou da atitude de alguns jogadores e, para não prejudicar o grupo, pediu demissão | Cristhian Rizzi / Gazeta do Povo
Técnico Rogério Perrô não gostou da atitude de alguns jogadores e, para não prejudicar o grupo, pediu demissão| Foto: Cristhian Rizzi / Gazeta do Povo

O técnico Rogério Perrô pediu demissão do comando técnico do Foz do Iguaçu nesta segunda-feira (23). Insatisfeito por ter sido questionado sobre o afastamento do volante Gilmar - capitão e um dos mais experientes jogadores da equipe – na última quinta-feira, Perrô entrou em acordo com a diretoria e, junto com sua comissão técnica, acertou sua saída. Também deixam o time o preparador físico Fábio Maraston, o de goleiros Betão e o auxiliar técnico Sérgio Silva.

A polêmica começou na semana passada. Insatisfeito com o comportamento de Gilmar dentro e fora de campo, Perrô decidiu cortá-lo do time principal. "Afastei uma batata podre", disse, por telefone, à Gazeta do Povo Online. "Tivemos uma situação delicada semana passada. Tenho minha maneira de trabalhar e de cobrar nos treinamentos. Ele não aceitou e decidi tirá-lo nos trabalhos. Ele não aceitou, saiu e não voltou mais".

Jogadores do Foz culparam o treinador pela derrota do Foz para o Paraná, alegando que se Gilmar estivesse em campo, o resultado poderia ser outro. Pela manhã, alguns atletas se reuniram com a diretoria de futebol e a presidência do clube pedindo que o jogador afastado retornasse ao grupo. "Eles pediram que o treinador fosse menos duro com o Gilmar, pois vivemos um momento delicado, permitindo que ele voltasse. Passamos isso para ele, que não aceitou o pedido, dizendo que poderia perder o comando do time", explicou Arif Osman, diretor de futebol.

Para Rogério Perrô, a decisão de se afastar tem como objetivo preservar o grupo. "Eu tenho uma filosofia e não aceitei esse tipo de ingerência. Para não prejudicar o Foz, como o time já este treinado e não precisa mudar nada para o próximo jogo, decidi sair. O presidente não queria que fosse assim, tentou me convencer do contrário, mas aceitou minha decisão".

O agora ex-treinador criticou a postura de alguns jogadores que estão no grupo. "Existem muitos jogadores ‘antigos’ no time e achei que o clima não ficaria bom para se trabalhar. Alguns jogadores poderiam me dar mais problemas e não teria tempo para lidar com isso". Além de Gilmar, o lateral Alisson havia pedido para treinar em separado há duas semanas por não aceitar ser reserva de Reginaldo Araújo, que chegou ao clube junto com o treinador.

Arif elogiou a postura do treinador. "Ele esta se afastando para não atrapalhar o grupo. Se ele mantém o Gilmar fora, poderia perder o comando sobre mais seis ou sete jogadores. Ele agiu com muito profissionalismo, pensando no bem do grupo", afirmou o diretor de futebol, que agora passará a treinar o time interinamente. Arif Osman já comandou o time em 2005 na Divisão de Acesso (por sete jogos) e em 2008 ficou à frente do grupo nos últimos oito jogos da Copa Paraná.

Tanto o volante Gilmar, quanto o lateral-direito Alisson, foram reintegrados ao grupo e treinam normalmente nesta terça-feira. Na quarta, o Foz encara o Toledo, fora de casa.

Desempregado, Perrô é otimista em relação ao seu futuro e ao futuro do Foz. "Quanto ao time, ele tem plenas condições de se classificar. Quanto a mim, há três semanas tive duas propostas de equipes que estão se classificado para a próxima fase. Não aceitei por respeito ao Foz, mas agora estou aberto a contatos. Construí um nome de respeito no estado, principalmente pelo que fizemos no Toledo ano passado, e estou aguardando convites", concluiu.

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