Romário faz três e fecha a boca

Rio – O Vasco goleou o Volta Redonda por 6 a 1 ontem em São Januário, praticamente se classificou para as semifinais da Taça Guanabara, e Romário teve seu primeiro momento de brilho no ano: entrou no segundo tempo, com o adversário já batido, e não perdoou, fazendo três gols. Agora, de acordo com as próprias contas, está a apenas dez do milésimo gol.

No início, o Voltaço deu a impressão de que poderia complicar a vida do Vasco. Mas o time de Renato Gaúcho soube se defender e usou bastante os contra-ataques, explorando a velocidade do meia Abedi, a criatividade do argentino Conca e o oportunismo do atacante Leandro Amaral, que abriu o placar aos 21 minutos.

O Volta Redonda teve mais posse de bola no restante do primeiro tempo, mas foi sempre o Vasco que levou mais perigo. Leandro Amaral ampliou logo após o intervalo e André Dias fez o terceiro. Romário então, tratou de enterrar o adversário, com dois gols de cabeça e outro em bela tabela com Leandro.

Marrento como sempre, o Baixinho não quis dar entrevistas. Cercado por câmeras e microfones na saída do campo, se limitou a balançar o dedo indicador.

No Maracanã, Botafogo e Flamengo fizeram de longe a melhor partida do Carioca ao empatarem por 3 a 3 – gols de Jorge Henrique, Dodô e Joílson para o Fogão; Obina, Ronaldo Angelim e Roni para o Fla. Ambos seguem firmes na luta para disputar a semifinal da Taça Guanabara.

O estádio também foi palco de uma bela homenagem a João Hélio Fernandes, o garoto de 6 anos assassinado brutalmente na quarta-feira à noite, arrastado por um carro por 14 ruas de quatro bairros do Rio de Janeiro. Os criminosos roubaram o veículo da mãe do menino e ele ficou preso pelo cinto de segurança. O crime provocou comoção nacional.

Antes de a bola rolar, as duas equipes se reuniram no meio-de-campo, oraram, fizeram um minuto de silêncio e pediram paz. Enquanto a torcida do Botafogo, clube de coração do garoto, exibia uma faixa com a inscrição "João Hélio para sempre. O Rio chora por você", o estádio aplaudia e pedia em coro "justiça".