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Se o Maracanã estava com saudade do futebol carioca, depois de nove meses fechado para obras, Botafogo e Vasco brindaram o estádio e os 43 mil torcedores presentes com o melhor jogo do Campeonato Estadual até o momento. A uma semana de completar 40 anos, Romário foi o nome do clássico, com três gols, mas não pôde comemorar no fim. A vitória foi botafoguense: 5 a 3.

- O time jogou bem, lutamos, tivemos momentos difíceis, mas conseguimos manter a tranqüilidade. Por enquanto, somos merecedores do resultado - comentou Ruy, autor do quarto gol do Botafogo, ao deixar o campo, aos 41 minutos do segundo tempo, quando o placar ainda estava 4 a 3.

O 'por enquanto' ressaltado por Ruy era mais do que justificável. Depois de ver as duas equipes se alternando no placar, ninguém arriscaria considerar o resultado garantido até o apito final do juiz. Mas a vitória foi mesmo do Botafogo, que ainda chegou ao quinto gol nos acréscimos. Zé Roberto, Lucio Flavio, Reinaldo e Felipe Adão completaram o placar.

O Botafogo assumiu a liderança isolada do grupo A da Taça Guanabara, com nove pontos, três a mais do que Vasco e Friburguense. Os vascaínos voltam a campo sábado, contra o América, em Edson Passos. No dia seguinte, o Botafogo enfrenta o Volta Redonda, também fora de casa.

Times terminam o jogo com dez jogadores

Logo aos quatro minutos, Zé Roberto recebeu na entrada da área, gingou à frente de Éder e bateu no canto de Roberto, colocando o Botafogo na frente. O time de General Severiano era melhor em campo e mal deixava o Vasco chegar a sua área. Em toda a etapa inicial, o time de São Januário pressionou apenas por meros cinco minutos, quando conseguiu seus melhores lances. Aos 26, Alex Dias tocou por cobertura, só que Max salvou. Dois minutos depois, Romário deslocou o goleiro, mas para fora. E, aos 29, foi a vez do Baixinho tentar encobrir Max, que tirou novamente.

Com Zé Roberto inspirado, o Botafogo voltou a dominar a partida. E ganhou mais um motivo para comemorar: aos 37, Ygor, que já tinha cartão amarelo, derrubou Thiago Xavier e foi expulso de campo. Só que o Vasco voltou para o segundo tempo com Abedi no lugar de Fábio Baiano e a determinação de buscar o empate, mesmo com um jogador a menos. E a torcida não demorou a vibrar. Aos quatro minutos, Alex Dias cruzou da esquerda e Romário bateu de primeira, no canto direito de Max.

Marcelinho teve chance de desempatar no minuto seguinte, mas acertou o travessão vascaíno. O jogo ganhou em emoção e ficou ainda mais equilibrado aos 12 minutos, quando Thiago Xavier deu uma entrada violentíssima em Moraes e recebeu o cartão vermelho. O Vasco virou aos 19. O zagueiro Asprila interceptou com a mão o chute de Romário e o próprio Baixinho cobrou o pênalti, marcando seu segundo gol. A partir desse momento, o jogo pegou fogo, com os dois times se alternando no ataque.

Aos 24, Wagner Diniz cometeu pênalti infantil em Bill, próximo à linha de fundo. Lucio Flavio bateu e igualou novamente o placar. Dois minutos depois, dos pés de Lucio Flavio saiu o cruzamento perfeito para Reinaldo marcar de cabeça, colocando o Botafogo mais uma vez na frente: 3 a 2.

Só que o Vasco tinha Romário em dia inspirado. Aos 28, Alex Dias cruzou rasteiro, da direita, e o Baixinho, livre na pequena área, só precisou escorar para marcar pela terceira vez, aproximando-se do sonho dos mil gols - pelas contas do jogador, falta balançar as redes outras 53 vezes.

Mas, apesar do show particular de Romário, foi o Botafogo quem riu por último. Aos 32 minutos, o lateral-direito Ruy recebeu na linha de fundo, entrou na área e surpreendeu o goleiro Roberto, chutando rasteiro, direto para o gol: 4 a 3. Aos 47, Felipe Adão, filho de um dos grandes artilheiros da história do Maracanã, Claudio Adão, marcou o quinto do Botafogo.

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