Desgastado com as sucessivas chances desperdiçadas de marcar o milésimo gol, Romário aproveitou cinco dias em Miami, nos Estados Unidos, para descansar. Ao desembarcar no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, o Baixinho disse que tem várias propostas para deixar o Vasco, inclusive de uma equipe mexicana e de duas da Europa. Afirmou que pretende voltar a treinar na próxima segunda-feira. E garantiu que o projeto de fazer o milésimo gol de sua carreira no Maracanã continua de pé. Leia a entrevista:
GloboEsporte.com: Nestes cinco dias em Miami, você conseguiu descansar sem pensar no milésimo gol?
Romário: Não. Continuo imaginando como posso fazer o gol 1.000. A diferença é que agora estou com mais vontade ainda de chegar a essa marca. Até o momento não saiu por que não era a hora. Na próxima oportunidade, vou fazer o que tenho realizado nos últimos jogos. E tenho fé em Deus que o gol sairá.
Você pretende disputar amistosos, longe inclusive do Maracanã, para atingir logo os mil gols?
Não. A minha idéia é atingir esse recorde em uma partida oficial. E, de preferência, no Maracanã. Vou esperar o tempo que for preciso para que possa realizar este sonho.
Como você avalia a saída do técnico Renato Gaúcho do Vasco?
Futebol é isso aí. A gente já está acostumado. Infelizmente, acontece com todos os treinadores que não conseguem conquistar bons resultados. Não é diferente dos outros lugares. Desejo bastante sorte ao Renato no próximo clube que ele for dirigir.
E o Celso Roth? O que acha dele?
Não conheço o trabalho do Celso Roth a fundo. Mas espero que ele seja feliz no Vasco. E, principalmente, consiga levar o time à conquista de títulos. Se não fosse um grande profissional, não estaria no Vasco, né? Tomara que o Vasco consiga resultados melhores do que os que tem obtido até agora.
O Vasco precisa de reforços para a disputa do Campeonato Brasileiro?
É natural que o time, quando não ganha, precise se reforçar. Tenho certeza que a diretoria do Vasco também pensa nisso. Assim como o treinador que acabou de chegar. Se o clube quiser fazer um grande Campeonato Brasileiro tem que se reforçar.
Você pretende encerrar a carreira no Vasco?
Em princípio, sim. Mas a gente nunca pode dizer no futebol que tem certeza. Tenho contrato com o Vasco. Na próxima segunda-feira vou voltar a treinar, mas não sei se em São Januário. Após dez dias de descanso, pretendo voltar ao batente.
Existe convite de outros clubes?
Sim. Tem alguns times que querem que eu faça o gol 1.000 com a camisa deles. No caso, um clube do México e dois da Europa, além de propostas de equipes brasileiras. Em princípio, vai ser com a camisa do Vasco.
O que ficou conversado com esses times que pretendem te contratar?
Existe um interesse de boca. Alguns empresários sondaram pessoas que eu conheço. E estes meus conhecidos estão resolvendo isso. Apesar de eu ter contrato com o Vasco.
Algumas coisas têm que mudar no Vasco?
Como havia dito, o gol tem que sair no Maracanã. Por isso, vou pedir a diretoria do Vasco para transferir os jogos que estão marcados para São Januário. O ideal é que eu possa ter mais oportunidades, e esse gol saia o mais rápido possível.
A viagem a Miami o deixou de ânimo renovado para chegar à façanha dos mil gols?
Deu para relaxar e foi bom para rever os amigos. Pegar um pouco do sol de Miami é sempre bom. Após cinco dias longe, acho que descansei em termos.
Que tal jogar até o fim do Campeonato Brasileiro e, de repente, encerrar a carreira com um título pelo Vasco?
Acho muito difícil eu jogar até o fim do ano. O meu objetivo era marcar o milésimo gol no primeiro semestre, mas infelizmente não aconteceu. Agora, vou prolongar a minha carreira por causa do Brasileiro e da Mercosul. Mas só depois do gol, sei o que, realmente, vai acontecer.
Após quase uma semana de descanso, você está menos ou mais ansioso para marcar o gol 1.000?
Agora, eu estou tranqüilo. O problema é quando chega perto do jogo. Aí, sim, aumenta a ansiedade.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura