Rio (AE) O atacante Romário comemora, hoje, 40 anos com mais glórias do que dissabores na carreira e na vida particular. O presente que pede a Deus é saúde para si e à família. Fama e títulos já conquistou. Dinheiro não é problema. Atualmente, ele corre atrás de um sonho: quer alcançar a marca histórica dos mil gols. Sobre a aposentadoria, diz que pensa nisso desde os 28 anos, mas não "pára nunca".
"Dizem que a vida começa aos 40. Mas quando fiz 20, 30, falavam a mesma coisa. Para mim, vale qualquer hora ou idade. O importante é que vivo feliz, tenho uma grande mulher, seis filhos, pai e mãe saudáveis e ótimos amigos", declarou Romário, emocionado. "Sou realizado na profissão. Conquistei 80 a 90 por cento de tudo que almejei na carreira. Domingo vou completar 40 anos amarradão".
Mesmo com os cabelos brancos, Romário não perdeu o jeito moleque. Nascido na Favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, ele não se esqueceu das origens. "Sou favelado e com orgulho. Até prefiro o termo favela do que comunidade".
Tem medo de cachorro, de avião e de levar choque. Mas não teme envelhecer. "Meus amigos acham que eu vou ficar chato à beça na velhice, mas não concordo (risos). Não sei como será acordar completando 40 anos, pois nem vou dormir no sábado".
A noite é o seu oásis. Ele até acha que rende melhor em campo quando fica na farra. "A noite é interessante porque só vejo o que eu quero. Durante o dia, devido à claridade, sou obrigado a ver tudo. Nas duas primeiras rodadas do Estadual, deitei cedo. Não fiz gol. Antes do clássico contra o Botafogo, no domingo passado, fui à Cabofolia (carnaval fora de época na Região dos Lagos) e meti três. É organismo, cara. O meu funciona assim".
Irreverente, criou expressões que ficaram registradas na memória do torcedor, como por exemplo: "Deus olhou para mim e disse: você é o cara"; "Aqui (em São Januário) tem o príncipe (ele), o rei ( Eurico Miranda), e o bobo da corte (Edmundo)"; "Entrou no ônibus agora, não está nem em pé e já quer sentar na janela", ironizando o iniciante técnico do Fluminense, Alexandre Gama, em 2004. Assim é Romário, um personagem controvertido e eterno.
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