Romário durante entrevista coletiva: “Messi tem de chegar a um Maradona, a um Romário e, depois, a Pelé”| Foto: Luiz Pires/Vipcomm

A partir das 20 horas de hoje, a seleção de futebol masculino inicia sua trajetória em busca do título nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Mas a equipe sub-20 comandada por Ney Franco terá a estreia, contra a Argentina, no Estádio Omnilife, ofuscada pela presença de Romário.

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Ex-jogador e agora deputado federal, o Baixinho está no México para comentar os jogos do futebol brasileiro para a Record. Mesmo sem nunca ter disputado um Pan-Americano, causou enorme furor por onde passou e concedeu uma entrevista coletiva antes de seguir para o estádio de Zapopán, onde acompanhou ontem o primeiro jogo da seleção feminina, também contra a Argentina.

"Eu não fui só jogador, mas um grande jogador, para começar", soltou, seguindo o modelo frasista de ser. Falou de tudo. Quase nada de Pan-Americano. Reafirmou que o Brasil está muito atrasado com as obras da Copa do Mundo – "Só cinco ou seis estádios estarão 100% prontos para 2014" –, além de abordar os escândalos no Ministério do Esporte, exigências da Fifa no Mundial de 2014, Eliminatórias Sul-Americanas e do trabalho como deputado federal. Comentou até sobre futebol.

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Só frustrou quando disse não estar acompanhando o Campe­onato Inglês para comentar sobre as qualidades de Javier "Chicharito" Hernández, do Manchester United, ídolo local, que no México tem status de... Romário.

O deputado contou ter pedido licença de suas funções por 15 dias parar ser comentarista como convidado na Record. E que abrirá mão de seu salário deste mês na Câmara.

Não se furtou a comentar o desenrolar das denúncias de corrupção envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva. "Se for comprovado [que recebeu propina], ele não tem mais capacidade moral de seguir no cargo", disse.

Ele também refutou a possibilidade de ser o próximo mandante da pasta do ministério por ainda não ter capacidade administrativa para a função.

Agradou aos argentinos ao dizer que considera Messi o melhor da atualidade e deu seu pitaco sobre porque o jogador do Barcelona ainda não convenceu na seleção. "Eu, o Maradona, o Pelé, o Ronaldo, tínhamos o time jogando para nós. Os jogadores da Ar­gen­­tina não jogam para ele". E não deixou de se incluir na história: "Messi tem muita coisa para chegar. Tem de chegar a um Maradona, a um Romário e, depois, a Pelé".

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À sombra de Romário, o Brasil começa o clássico – tido como decisivo por Ney Franco – com Cesar; Madson, Luccas Claro, Romário e Henrique Miranda; Lucas Zen, Misael, Felipe Anderson e Patinho, Lucas Henrique e Rafael.