No dia do amigo, Romário recebeu cerca de 300 convidados em uma livraria no Rio de Janeiro para o lançamento de sua biografia. Com o bom humor que lhe é característico, o Baixinho pediu inicialmente para falar apenas sobre o site (www.romario11.com.br) e o livro ("Romário") que está lançando. Mas diante das seguidas perguntas sobre problemas judiciais, o ex-jogador não se negou em respondê-las.
"Não são essas mentiras que vão me abalar. Parece que virei o vilão do Brasil. Sou um cara sangue bom, sou do bem. As pessoas que me conhecem sabem que eu não mudei a minha índole. Nunca tive interesse em lesar ninguém", disse em entrevista coletiva em um shopping da Zona Sul do Rio de Janeiro.
Romário garante que não guarda arrependimentos ao longo da vida. Pelo contrário, encara as cerca de 30 ações judiciais com naturalidade.
"Não estou envergonhado de nada. Sei quem eu sou, e sou feliz. Atravesso uma turbulência, muitos já passaram por isso ou ainda vão passar. Sou um cara guerreiro e saudável. Vou continuar orando para o Papai do Céu me dar saúde. Não matei nem roubei ninguém. Queria deixar claro que não fui quem matei Michael Jackson e não fui eu quem trouxe a gripe suína para o Brasil", brincou.
Perguntado sobre os imbróglios judiciais, Romário minimizou as acusações de que teria R$ 7 milhões em dívidas.
"Se fosse só isso estava bom (risos). É brincadeira. Mas 80% das coisas que as pessoas estão dizendo não é verdade. O que faz parte da Justiça, vai chegar um momento que eu vou ter de pagar. Já o que não for verdade, o tempo irá dizer. Onde tem o Romário, existem estas coisas", destacou.
Além disso, o tetracampeão preferiu enxergar um lado positivo nas acusações de que não teria pagado IPTU, IPVA e a pensão alimentícia dos filhos Romarinho, de 15 anos, e Moniquinha, de 19.
"Para mim que estava sumido, não é novidade estar acontecendo isso. E acabei de ter certeza que sou muito querido no Brasil. Muitas pessoas têm me ligado e também recebo força nas ruas", afirmou.
O Baixinho também contou como foi passar 22 horas preso em uma sala de identificação da 16ª DP, na Barra da Tijuca.
"Não passei a noite na cela. Ri bastante. Não gostaria de enfrentar isso de novo, mas conheci pessoas engraçadas com o mesmo problema que o meu (dívida de pensão alimentícia). No próximo livro, tem mais uma história para contar (risos)", brincou com o próprio tormento.
Em seguida, ele defendeu que foi preso por causa de um mal entendido. O ex-camisa 11 da seleção brasileira deu a entender que não deveria ter passado por tal situação.
"Não deixei de pagar (a pensão alimentícia). Existia uma diferença que a gente entendia que não deveria desembolsar. Tinha uma audiência para resolver isso no dia 23 (de julho). Mas veio o pedido (mandado de prisão) antes."
Em relação à sua suposta participação em um jogo de azar conhecido como "Pirâmide", Romário foi econômico nas palavras.
"O tempo vai dizer. Não vou precisar provar isso em nível de Justiça. Daqui a pouco as coisas vão ficar claras", disse.
Em seguida, garantiu que não vendeu carro algum com o intuito de quitar dívida em jogos proibidos. Alem disso, ele acha que será absolvido em breve na Justiça.
"O meu advogado vai tentar provar que eu sou inocente", finalizou.
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