Depois de 28 anos como chefe da equipe da McLaren na Fórmula 1, Ron Dennis deixará o cargo no dia 1o de março e o passará ao diretor-executivo Martin Whitmarsh.
"Este é absolutamente o momento para Martin assumir o trabalho como dirigente da equipe", disse Dennis a repórteres na fábrica da McLaren, após o campeão mundial Lewis Hamilton e seu colega de equipe Heikki Kovalainenapresentarem o novo carro MP4-24, na sexta-feira.
"Depois de 1 de março, ele ficará com essa responsabilidade. Eu ainda irei às corridas, não a todas, porque sou apaixonado pela Fórmula 1", acrescentou o britânico de 61 anos, dirigente da equipe desde 1981.
"Pretendo trabalhar mais duro e assumir maiores responsabilidades em determinadas áreas-chave dentro do grupo. Serei um presidente-executivo completo e ainda terei muitas outras responsabilidades."
"Mas está na hora e esta é uma decisão 100 por cento minha, é o que quero fazer", afirmou Dennis, cuja atenção obsessiva aos detalhes tem sido a força motriz no sucesso da McLaren nas pistas.
A temporada de 2009 da Fórmula 1 começa com o Grande Prêmio da Austrália, em Melbourne, em 29 de março, e Dennis disse que estará lá como de hábito.
O britânico, que começou na Fórmula 1 como mecânico da equipe Cooper em 1966 e obteve títulos na McLaren com campeões como Ayrton Senna e Alain Prost, permanecerá co-proprietário da equipe (cujos carros têm motores Mercedes) com uma parcela de 15 por cento.
Trabalho duro
Dennis e Frank Williams eram os únicos chefes de equipe remanescentes da época de Enzo Ferrari, mas ele negou qualquer sugestão de que estaria se distanciando do esporte que lhe trouxe fama e fortuna, assim como polêmica e angústia consideráveis.
"Pretendo trabalhar muito mais, por isso não vejo isso como uma forma de aposentadoria. É muito mais o contrário", afirmou ele.
Dennis disse que a transferência teria pouco impacto sobre a equipe, pois Whitmarsh já assumia muitas de suas tarefas nas temporadas recentes.
"Trabalho com Ron há 20 anos, portanto qualquer um que conheça esta equipe, sabe como ela funciona", disse Whitmarsh a repórteres.
"Nunca quis pressioná-lo e nunca quis nenhuma influência externa com relação a isso...ele teve uma carreira incrível e é um indivíduo notável, algumas vezes incompreendido."
Dennis, cuja equipe foi multada em 100 milhões de dólares por uma polêmica de espionagem envolvendo o vazamento de informações da Ferrari, disse que vai se concentrar no crescimento do grupo McLaren.
"Ele (o grupo) tem de ter alguém que seja firme na direção ao longo do que é o período mais difícil para qualquer empresa no mundo", afirmou ele.
"Acreditamos que se você é apenas e exclusivamente uma equipe de Fórmula 1, você irá fracassar como organização. A história mostra isso", acrescentou Dennis.
"Por quatro anos temos ampliado a base da McLaren...mas no final somos uma organização automotiva, então temos de trazer um novo carro de produção ao mercado."
Dennis reconheceu que as condições atuais do mercado não são ideais, mas afirmou que o programa já está bastante avançado e o carro será "acessível" e não supercaro.
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