Canarinhas
Imortal Dunga entrou ontem para a história do Maracanã, ao deixar as marcas de seus pés na calçada da fama, lugar reservado aos imortais do futebol nacional, como Pelé, Garrincha, Rivellino e tantos outros.
Memória Lembrando dos 11 escalados para o último jogo da seleção no Maracanã, em 3 de setembro de 2000, mais da metade hoje ainda joga por gramados do país. Naquele 5 a 0 sobre a Bolívia, debaixo de muita chuva, o goleiro era Rogério Ceni; os zagueiros, Antônio Carlos e Emerson; o lateral-esquerdo, Júnior; o volante, Vampeta, e o atacante, Romário. Completaram o esquadrão inicial Cafu, Flávio Conceição, Alex, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, o único remanescente na seleção.
Freguês Ao longo da história, o Equador é um grande freguês do Brasil, do qual jamais conseguiu tirar um ponto em território verde-amarelo. Foram 25 jogos ao longo da história, com 21 triunfos brasileiros, 2 empates e apenas 2 derrotas, ambas por 1 a 0, em Quito, nas duas últimas edições das Eliminatórias.
Lembra? Como jogador, Dunga também tem boa lembrança do Equador. No dia 22 de agosto de 1993, no Morumbi, arriscou um chute de longa distância, algo raro em sua carreira, e abriu o caminho da vitória por 2 a 0, também pelas Eliminatórias.
Rio O craque quer jogo e o torcedor brasileiro quer muito ver o craque jogar. Ronaldinho, depois da atuação fraca no empate de 0 a 0 com a Colômbia, domingo, em Bogotá, bateu no peito ontem e, com sorriso largo, chamou a responsabilidade da vitória do Brasil diante do Equador.
"Vamos para cima deles desde o começo. Essa partida será diferente da que fizemos em Bogotá. Aqui, vamos jogar em casa e nas condições em que estamos acostumados. Vamos para cima", disse Ronaldinho em concorrida entrevista ontem, no hotel em que a seleção ficou hospedada no Rio.
Único remanescente da última partida da seleção no Maracanã, em 2000, contra a Bolívia, Ronaldinho mostrou-se empolgado com o fato de voltar a jogar no Brasil e disse ter ótimas recordações da dupla de ataque que formou com Romário naquela partida. "Aprendi muito com aquele time e com o próprio Romário, uma pessoa tranqüila e que tem sempre algo a te dizer", comentou.
O 10 da Seleção também declarou amor ao Rio, lembrando ter um filho na cidade, o garoto João, fruto de um relacionamento casual com uma dançarina de TV. "Sempre fui muito bem tratado aqui no Rio e espero retribuir esse carinho todo com uma boa apresentação nas Eliminatórias."
Com Ronaldinho animado, aumentam bem as chances de o Brasil somar seus primeiros três pontos na disputa. Kaká e Robinho também terão participação importante nessa partida. É do trio que o torcedor espera as melhores jogadas, os gols, a vitória. O técnico Dunga não vai mexer na equipe que atuou em Bogotá. Sabe que, quanto mais tempo juntos eles atuarem, mais cedo ganharão entrosamento.
O torcedor carioca que viu Ronaldinho em 2000 vai ver hoje outro jogador, mais encorpado, eleito o melhor do mundo por duas vezes, em 2004 e 2005, dono de jogadas brilhantes e gols bonitos. "Eu sei que muita coisa mudou de lá para cá na minha vida, mas tenho de provar essa diferença jogando, em campo", disse. É esse Ronaldinho que o Brasil espera ver no Maracanã lotado.
Na TV: Brasil x Equador, às 21h45, na RPC TV e Sportv.
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No Rio
BrasilJúlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Kaká e Ronaldinho; Robinho e Vágner Love. Técnico: Dunga.
EquadorViteri; De la Cruz, Espinoza, Hurtado e Baguí; Castillo, Urrutia, Méndez e Lara (Quiroz); Tenorio (Ayovi) e Benítez. Técnico: Luis Fernando Suárez.
Estádio: Maracanã. Horário: 21h45. Árbitro: Jorge Larrionda (URU).
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