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O departamento de marketing do Corinthians prevê uma guerra de empresas para patrocinar o uniforme do time e, por tabela, Ronaldo. A contratação do jogador pelo clube acirrou a batalha entre marcas do mesmo setor para ter o craque como garoto propaganda.

Os dois maiores bancos brasileiros, Itaú e Bradesco, estão na disputa pela parte nobre da camisa, frente e costas, local que dará o maior retorno financeiro ao atacante na parceria que assina nesta sexta-feira com o Corinthians. Oficialmente, os bancos negam que estejam negociando.

A engenharia para remunerar Ronaldo prevê que sua empresa, a R9, receberá porcentagens de acordos de patrocínio para o uniforme corintiano. Tudo está à venda: frente e costas - espaços mais nobres -, calção, meião, manga e até a gola.

Se antes a diretoria de marketing do Corinthians mal tinha oferta para conseguir receber o mesmo que a Medial Saúde pagou este ano pela parte nobre (R$ 16,5 milhões), agora com Ronaldo a diretoria não abre conversa por menos de R$ 20 milhões (o Fenômeno embolsaria cerca de 30%, ou R$ 6 milhões).

A estimativa é de que Ronaldo fature no ano até R$ 10 milhões. Mas esse valor pode aumentar. Mensalmente, ele não pode ganhar menos de R$ 200 mil, número que estará em seu contrato de trabalho como pessoa física.

O Bradesco negociava com o Corinthians já antes de Ronaldo virar realidade. Primeiro, fechou acordo para ter o cartão de crédito oficial do clube. Depois da fusão entre Itaú e Unibanco, que o desbancou da liderança no setor bancário brasileiro, o Bradesco viu a possibilidade de um patrocínio para deixar a marca em evidência. Valor oferecido: R$ 11 milhões. O Corinthians achou pouco.

O Itaú surgiu como possibilidade nos últimos dias. E teve o dedo do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que recentemente fechou acordo com o banco para a seleção brasileira. O Itaú não pensava em investir em clubes, mas a jogada de marketing envolveria Ronaldo e sua vontade de disputar a Copa de 2010. Patrocinando a CBF e o craque, o Itaú poderia criar, por exemplo, comerciais com o craque falando abertamente desse sonho e, por que não, usando a camisa oficial com o escudo da seleção

Para se ter uma idéia da valorização da marca: a Bauducco ofereceu R$ 6 milhões para a manga. Se essa proposta tivesse chegado no ano passado, a diretoria fecharia sorrindo e anunciando como negócio fantástico. Mas a resposta foi negativa e a contraproposta foi mais do que o dobro: R$ 13 milhões.

O calção, no contrato que será assinado entra a R9 e o Corinthians, pode ser negociado diretamente pela empresa. Ela pode, por exemplo, conseguir um aditivo com a TIM, que já patrocina o Fenômeno, e parte disso entraria para o Corinthians.

Empresas que já tratavam com o Corinthians - como Magazine Luiza Oi, Emirates, Volkswagen e Coca Cola -, foram as primeiras a ser procuradas. Algumas delas não estão dispostas a pagar muito. Por isso, surge a possibilidade de meião e até gola da camisa serem vendidos.

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