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Ronaldo é mais um atleta famoso que precisa responder a um processo de investigação de paternidade. Michele, uma jovem brasileira de 27 anos que mora em Cingapura, entrou com uma ação na Justiça alegando ter engravidado após um rápido envolvimento com o atacante em 2004. O jogador recebeu uma citação judicial na última quinta-feira (17) e é obrigado a fazer um teste de DNA para provar se é ou não pai do garoto, atualmente com quatro anos.

O esporte brasileiro acumula casos parecidos com o de Ronaldo, que recentemente recebeu a notícia da esposa Bia Anthony que vai ser pai pela terceira vez. De Pelé a Edmundo, vários ídolos se submeteram ao teste por causa de aventuras amorosas ao longo da carreira.

Em agosto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei no 8.560, que regula a investigação de paternidade de filhos fora do casamento. A mudança na legislação reconhece a presunção de paternidade quando o suposto pai se recusar em se submeter ao exame de DNA quando estiver respondendo a processo de investigação pela Justiça. O teste de DNA passou a ser utilizado em 1984 e tem um grau de eficiência de 99,99%. Antes dele, o exame de paternidade era feito por grupo sanguíneo, mais demorado e complexo.

Apesar do teste positivo, Pelé não se aproximou da filha Sandra

Um caso famoso envolveu o Rei do Futebol. Em 1991, Sandra Regina Machado entrou com uma ação na Justiça para ser reconhecida como filha de Pelé, que teve uma relação com a empregada doméstica Anízia Machado. Em 1992, um exame de DNA provou que ela era filha do ex-jogador. Mas após vários recursos da defesa, Sandra só ganhou o famoso sobrenome do pai em 1996. Ela acabou falecendo dez anos depois, em 2006, vítima de câncer de mama. A história da briga na Justiça está descrita no livro "A Filha que o rei não quis", de Walter Brunelli. Pelé nunca se aproximou da filha.

A história de Sandra é bem diferente da fisioterapeuta Flávia Kurtz, de 36 anos, que em 2002 foi apresentada publicamente pelo Rei como sua filha. Kurtz não teve a necessidade entrar na Justiça para Pelé reconhecer a paternidade. O ex-jogador teve um relacionamento com a mãe de Flávia em 1969 durante uma viagem a Porto Alegre com o Santos. Além de Sandra e Flávia, Pelé é pai de Kelly Cristina, Edinho, Jennifer e dos gêmeos Celeste e Joshua.

Garrincha não chegou a se encontrar com o filho sueco Ulf Lindberg, resultado de uma aventura do ex-jogador com uma camareira durante uma excursão do Botafogo em 1959 pelo norte da Suécia. Em 1998, um teste de DNA confirmou a paternidade. Apesar disso, Lindberg não ingressou na Justiça brasileira para ser reconhecido e obter o direito de usar o sobrenome do pai famoso. Ele só foi conhecer a família brasileira em 2005, quando veio pela primeira vez ao país. No total, Garrincha, que morreu em 1983, teve 15 filhos - uma adotiva - com seis mulheres. Destes, dois homens e duas mulheres já morreram.

Edmundo também foi obrigado a fazer o teste de DNA para reconhecer a paternidade de Alexandre, filho com a modelo Cristina Mortágua. O caso se arrastou por dois anos na Justiça.

Paulo Roberto Falcão, ex-jogador e comentarista esportivo, se recusou a fazer o teste de paternidade de um italiano nascido em 1981, época que ele jogava no Roma. O processo foi movido por Maria Flavia Frontoni, em 1995. O processo só terminou em 2002. A Justiça Italiana com os depoimentos de testemunhas e a própria recusa em fazer o exame, considerou Falcão o pai de Giuseppe Frontoni.

Posteriormente, o Superior Tribunal de Justiça confirmou, de forma unânime, a sentença da Justiça Italiana. Na época, o ex-jogador do Internacional foi condenado a pagar 1,5 mil dólares de pensão, além de 8 mil dólares de honorários.

Maradona, Michael Jordan e Ayrton Senna provaram que não eram pais

Há casos também que atletas conseguiram provar que não eram os pais biológicos de crianças como alegavam as mães. O último foi o ídolo argentino Maradona. Em junho, ele se submeteu ao teste de DNA, mas o resultado descartou que ele fosse o pai de uma menina de seis anos de uma funcionária de uma boate em Buenos Aires.

Em um outro caso, em 1996, Maradona se negou a fazer o teste e, três anos depois, a Justiça Italiana decidiu que ele era o pai de Diego Armando Maradona Junior, filho de Cristina Sinagra, ex-empregada doméstica do argentino na Itália durante a época que ele defendeu o Napoli. Maradona tem também duas filhas, Dalma e Giannina, nascidas de sua união com Claudia Villafañe, com quem se casou em 1989 e se divorciou em 2004.

O ex-piloto Ayrton Senna também enfrentou um processo de paternidade da ex-modelo Edilaine Barros Gonçalves, conhecida como Marcela Prado. Em 1995, após a morte de Senna, o primeiro teste de DNA deu negativo. Mas Marcela insistia em falar publicamente que o ex-piloto era pai da filha Victoria. A briga foi parar novamente na Justiça quando o pai de Senna, Milton Guirardo da Silva, entrou em 1999 com uma ação na 5ª Vara de Família do Rio de Janeiro para provar que Victória não era sua neta. Após um novo exame, o resultado foi novamente negativo.

O astro americano Michael Jordan também enfrentou os tribunais e passou pelo teste. Mas conseguiu provar, após dois testes de DNA, que não era o pai da criança de Lisa Miceli, em 2005.

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