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Entrevista

Lucas Di Grassi, piloto.

O bom desempenho na GP2 e nos testes com a Renault. Essas são as armas de Lucas Di Grassi na briga pelo posto de segundo piloto da escuderia francesa – contando com a provável permanência de Fernando Alonso. Armas de pouco calibre para a Fórmula 1 atual, ainda mais contra o queridinho da montadora e o filho de um tricampeão mundial, como admitiu o piloto nesta entrevista à Gazeta do Povo.

Há alguma definição sobre você ser efetivado como piloto titular da Renault?

Ainda não. Tem que esperar o campeonato terminar para saber o que o (Fernando) Alonso vai decidir. Se ele ficar, tem o Nelsinho (Piquet), o (Romain) Grosjean e eu para a outra vaga. Se a Renault não me promover, preciso que ela me autorize a negociar com outras equipes. Tenho propostas, mas ainda não negociei nada.

Essa dependência do Alonso não te prejudica?

Sim. Quanto antes eu souber, melhor. Mas infelizmente preciso esperar.

O Grosjean tem a favor o desejo da Renault de contar com um piloto francês (nascido na Suíça, ele foi criado na França); o Nelsinho tem um ano de experiência na equipe e o lobby do pai dele. E você?

Tenho a parte técnica. Os engenheiros da equipe elogiaram demais meu desempenho na GP2 e nos testes com a Renault.

Mas na Fórmula 1 de hoje isso não é pouco?

Sim, mas é o que eu posso fazer. É uma briga desigual.

E aí?

E aí... Fazer o quê? (LMJ)

A distribuição das posições na coletiva de imprensa de ontem, em Interlagos, foi emblemática. À frente, Lewis Hamilton e Felipe Massa, os candidatos ao título de 2008. Ao fundo, David Coulthard, Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet, peças-chave na distribuição dos cockpits para 2009.

Coulthard sai da categoria neste domingo, no Brasil. Deixa o seu lugar na Red Bull para o alemão Sebastian Vettel, aposta da empresa austríaca para ter uma performance condizente com seu investimento. Mudança que abre um lugar na Toro Rosso, possível destino de Rubinho caso confirme-se a tendência de a Honda não renovar seu contrato. Aí, mais dois brasileiros entram em cena: Bruno Senna e Lucas Di Grassi.

O primeiro tem o sobrenome como maior cartão de visitas. Foi com um motor Honda impulsionando a McLaren que Ayrton venceu seus três títulos mundiais. Seria um sonho para os japoneses ter um Senna em um carro 100% Honda.

Di Grassi tem o talento como arma. Foi vice-campeão da GP2 mesmo sem disputar toda a temporada. E a Honda é seu destino mais provável caso a Renault decida repetir em 2009 a dupla deste ano: Fernando Alonso, que só sai se quiser, e Nelsinho Piquet, ameaçado tanto por Di Grassi como pelo franco-suíço Romain Grosjean.

"Essa indefinição é desgastante. Preferia muito mais já saber quem vai correr aqui ano que vem", disse Nelsinho.

A situação de Rubinho é mais dramática. O ex-ferrarista não se vê fora da Fórmula 1. Evita cogitar uma troca de categoria e se dispõe até a perder peso para ficar na Honda. Por exigências do novo regulamento, os carros ficarão mais pesados ano que vem, exigindo pilotos mais leves.

"Quero muito ficar, mereço ficar. São três anos dedicados a carros ruins, então seria uma situação em que mereceria ficar num carro competitivo para o ano que vem", afirma. (LMJ)

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