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Paulo Baier, capitão rubro-negro, cobrou publicamente o recém-contratado Guerrón: clube considerou a atitude normal | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Paulo Baier, capitão rubro-negro, cobrou publicamente o recém-contratado Guerrón: clube considerou a atitude normal| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

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Atlético descarta Joílson

O lateral-direito Joílson não vem mais para o Atlético. Pela segunda vez a negociação não deu certo e o Furacão terá de correr atrás de um substituto, como garante Valmor Zimmermann. "Estamos trabalhando para trazer outro jogador, porque agora é urgente", afirmou o diretor de futebol.

Atleta do Grêmio, Joílson foi anunciado assim que o Brasileiro parou para a Copa do Mundo, porém o jogador não passou nos exames médicos. Com isso, Éder foi contratado, mas dispensado logo em seguida por indisciplina.

O lateral foi novamente contatado e desta vez aprovado pelos médicos atleticanos. Quando tudo parecia certo, entrou em ação o representante do jogador, que exigiu uma parcela dos direitos econômicos de outro atleta atleticano, cujo o nome não foi revelado. "O procurador do Joílson fez uma exigência descabida. Não envolvia dinheiro e sim a participação envolvendo outro jogador", contou o dirigente.

Como tudo estava certo entre o Atlético, o Grêmio e o jogador, Zimmermann lamentou o desgaste que o atleta sofreu por causa da atitude do seu procurador. "Coitado do Joílson. Veio aqui duas vezes e teve que voltar."

Além da proximidade com a zona do rebaixamento, a derrota do Atlético para o Fluminense, no sábado, ainda trouxe um outro desdobramento negativo. Após a partida, o meia Paulo Baier reclamou do estreante Guerrón, companheiro de equipe, por ele ter batido uma falta."Fiquei descontente, sim. Eu sou o batedor, estou há alguns anos no Atlético e o Guerrón está chegando agora. Isto não pode acontecer, tem de ter uma hierarquia. Aqui não é time de várzea e é preciso que o Carpegiani converse com ele sobre isso", reclamou o veterano, na saída do campo.

Ainda no Maracanã, o próprio técnico Paulo César Car­­pegiani comentou o lance. "Isso não pode ocorrer. Ali na hora era o Paulo, nós treinamos com o Paulo. O Guerrón está entrando com vontade e disposição de querer fazer e naquele momento achou que poderia cobrar, antecipando uma jogada do Paulo", amenizou.

Porém, além do lance, o que chamou a atenção no ocorrido foi a atitude do atual capitão ao criticar o companheiro publicamente. Diante de toda a pompa que cercou a vinda do equatoriano, esta reclamação de Baier poderia dar a entender que o camisa 10, que antes reinava soberano como a maior estrela do time, poderia estar incomodado.

Segundo o diretor de futebol rubro-negro, Valmor Zimmer­­mann, a briga de egos não existe. "Foi ocasionado pela cabeça quente após a derrota. Estava tudo tranquilo na viagem, nos treinos", garantiu.

O dirigente contou que o problema foi decorrência do confronto e que os jogadores sabem que não podem denegrir os companheiros publicamente. "Eles sabem disso e normalmente não falam. Foi por causa da partida. Se tivesse ganho, ninguém reclamava de nada. Mas já foi conversado e está tudo resolvido", seguiu Zimmermann.

Como o dirigente, o técnico Carpegiani também afirmou que o incidente não vai mais ocorrer. "Já conversei com Paulo sobre isso e não tem preocupação. Ele é o cobrador oficial, tem de ter o respeito e isso será discutido internamente", prometeu após a partida contra o Flu­­minense, diante de uma semana de preparação para o próximo jogo, contra o São Paulo, no do­­mingo, na Arena.

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