O Atlético iniciou uma vida nova no Brasileiro. Ontem, no Mineirão, venceu o Atlético-MG por 3 a 2, passou a lanterna ao adversário e provou estar completamente recuperado da derrota para o São Paulo na final da Libertadores, quinta-feira.
Individualmente, o jogo também serviu para o jogador Fabrício inicar a sua volta por cima. Depois de ser crucificado por errar o pênalti que empataria a decisão contra o Tricolor paulista, no fim do primeiro tempo, ontem ele fez o gol da vitória, em uma cobrança de falta na qual a bola cruzou a área e entrou à meia altura, à esquerda do goleiro Danrlei.
O resultado fez com que o Rubro-Negro deixasse, pela primeira vez em 12 rodadas, o último lugar da competição. Agora, com 9 pontos, o Furacão pulou para a 20.ª colocação e está mais perto do que imaginava de sair da zona de rebaixamento.
Na palestra antes da partida contra o Galo, o técnico Antônio Lopes havia traçado a meta de estar longe das quatro últimas colocações em dez jogos. Mas depois do segundo triunfo seguido no Brasileiro, só dois pontos separam o Rubro-Negro da 18.ª colocação, atualmente ocupada pelo Paysandu o Figueirense, com um ponto a mais que o Atlético, é o 17.º.
E a seqüência de jogos do time paranaense é promissora. Na quarta-feira, na Arena, enfrenta o Fluminense. Sábado, no Pinheirão, pega o Paraná, e na outra quarta-feira, novamente em casa, o Vasco.
"Já estamos pensando no Fluminense. Essa partida já passou e a mais importante é sempre a próxima. Nos conscientizamos de que chegamos na final da Libertadores porque temos um grande elenco e somos um time de ponta. Pode ter certeza de que não vamos ficar nessa situação", afirmou o meia Evandro, ao fim da partida.
O jogador foi o melhor em campo, obrigou o técnico Tite a mexer na equipe mineira ainda na primeira etapa (colocou o volante Amaral no lugar de Luis Mário) e deu o passe para os dois primeiros gols do Atlético.
Aos 10 minutos, dentro da área, o meia deixou Lima livre para, num chute cruzado, abrir o marcador. Aos 43, lançou Caetano no espaço vazio. O atacante (entrou no lugar de Aloísio, contundido) se livrou do zagueiro na velocidade, deixou Danrlei estirado no chão e só tocou para dentro das redes.
O primeiro tempo foi isso: domínio traqüilo do Furacão, mesmo dando espaços ao Galo.
Por isso a surpresa nos 10 minutos iniciais da segunda etapa. Em dois lances de sono rubro-negro, os mineiros empataram o jogo. Primeiro, aos 3, em um lançamento de Euller para Fabio Júnior, nas costas da zaga. O goleiro Diego ainda salvou parcialmente, mas na sobra Marques diminuiu.
Aos 10, Rubens Cardoso girou em cima de Lima com facilidade (o atacante resvalou no adversário e caiu) entrou na área e chutou cruzado, no canto esquerdo do Diego.
Com a partida aberta, o goleiro atleticano foi bastante exigido e novamente provou a boa fase. E o Atlético ainda deu alguns chutes de longa distância com Fabrício, mas, até os 38 minutos da segunda etapa, todas as tentativas do jogador haviam saído para fora ou batido na barreira.
Foi quando Caetano sofreu falta no lado esquerdo da intermediária. Fabrício cruzou em direção ao gol, a bola passou por todo mundo na área e acabou dentro das redes. Um duplo alívio.
Em Belo Horizonte
Atlético-MG 2Danrlei; Zé Antônio, Lima, Leandro e R. Cardoso; Walker (Rafael), Ataliba (Euller) e Rodrigo Fabri; Luiz Mário (Amaral), F. Júnior e Marques.Técnico:Tite.
AtléticoDiego; Jancarlos, Danilo, Paulo André e Marcão (Beto); André Rocha (Ticão), Alan Bahia, Fabrício e Evandro; Lima e Aloísio (Caetano).Técnico: Antônio Lopes.
Estádio: Mineirão.Árbitro: Luiz Antônio Silva Santos (RJ).Gols: Lima (CAP), aos 10', e Caetano (CAP), aos 43' do 1.º; Marques (CAM), aos 3', Rubens Cardoso (CAM), aos 10', e Fabrício (CAP), aos 38' do 2.º.Amarelo: André Rocha, Lima, Marcão e Jancarlos (CAP); Leandro (CAM).