Dentro de seu país, o volante Mozart tem mais críticos do que fãs. Na Itália, onde defende atualmente o modesto Reggina, sua reputação é de jogador de primeira grandeza. Sempre que uma equipe de ponta precisa de alguém para a posição de "carregador de piano", o brasileiro aparece entre os favoritos.

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Foi assim com a Roma. É assim com a Juventus. Típico destruidor de jogadas, ele voltou ao noticiário europeu como melhor opção para substituir um compatriota bem mais famoso: o capitão da seleção brasileira Émerson, que interessa ao Real Madrid.

Por enquanto, a informação é apenas extra-oficial, mas serve de esperança para o ex-jogador do Coritiba. Aos 25 anos, ele sonha em disputar a Copa do Mundo da Alemanha.

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"Fiquei sabendo do interesse da Juve pela imprensa daqui. Mas não sei até agora o que é verdade e o que é mentira. Não houve nenhum contato comigo", disse.

"Quero ir para a Copa e se eu me mudar para um time grande, a chance é muito maior", comentou o jogador, que já faz pré-temporada com a equipe.

Lembrado no Brasil por participar da campanha fracassada na Olimpíada de Sydney, em 2000, Mozart tem a intenção de trocar de clube para provar que merece uma chance na seleção. "O Reggina é pouco conhecido no Brasil. Isso me atrapalha", afirmou.

O tempo programado para uma eventual mudança de clube está se esgotando. "Minha intenção era sair ainda este ano, por toda a temporada que eu fiz, mas só se for até o fim de julho. Chegar em uma equipe no meio da competição é complicado. Até você se adaptar, se entrosar com os companheiros, leva tempo", opinou.

Destaque do time, o volante só aceita deixar o grupo se a proposta ajudar a levá-lo para outro patamar dentro do esporte.

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"Me sinto muito bem na Itália, estou totalmente adaptado. Minha filha nasceu aqui. Mas mudaria de país se fosse para ir a uma equipe maior. Para ficar em um clube do mesmo nível da Reggina, continuo aqui", contou.

Atuando em um campeonato que valoriza o vigor físico, Mozart mostra contentamento com a imagem que construiu no país – contrariando as previsões de quando deixou o Flamengo, sob a sombra do fiasco olímpico de 2000. "Sempre lembram do meu nome na Itália. Isso se deve ao meu rendimento. Fiz uma temporada bastante regular. Além de eu ser canhoto, o que é raro para a posição. O pessoal gosta do meu estilo de marcar bem e saber jogar com a bola nos pés", analisou, sem muita modéstia.

Caso não encontre espaço em outra equipe, o jogador pretende cumprir o contrato que se encerra em junho de 2007. Com o passe na mão, ficará mais fácil negociar com times de maior porte. Desistir é a única coisa fora dos planos do atleta.

"Até um ou dois meses antes, é possível um jogador ganhar a vaga no grupo para a Copa. Depende muito do momento. Aconteceu com o Kaká, por exemplo", declarou. "Se não for nessa, ainda tenho idade para tentar a próxima. Sei que é difícil, a concorrência no país é muito grande. Mas vou continuar lutando."