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Com a pista comprometida pelo doping, as esperanças brasileiras se voltam para o campo em Ber­­lim. A aposta é nos saltadores. Mesmo os favoritos dependem da superação para melhorar o desempenho brasileiro em Mundiais, que desta vez dificilmente encerrará o tabu de ouros. Em 12 edições o país conquistou cinco medalhas de prata e cinco de bronze.

Principal estrela da delegação brasileira, Maurren Maggi chega com um histórico recente ruim. A campeã olímpica em Pequim detém apenas a sétima melhor marca do mundo (6,90 m) no salto em distância em 2009. Uma tendinite no joelho direito a tirou das atividades por dois meses. "Sei que no Mundial todos que chegam à final lutam pelo título. Então, deixei de fazer algumas competições com o pensamento em Berlim e acho que fiz certo", disse assumindo ainda sentir dores.

Melhor situação vive Fabiana Murer, saltadora marcada pelo estigma da perda das varas durante a Olimpíada de Pequim. Ela foi superada apenas pela russa Yelena Isinbayeva em 2009. Nas projeções do professor de educação física Fernando Franco, ela é a maior concorrente ao pódio. "Isso se saltar acima de 4,70 m. Ela é a segunda do mundo, com 4,82 m, feito no Troféu Brasil, em junho. Mas depois não passou mais dos 4,60 m", ressaltou.

Uma prata na etapa de Paris da Liga de Ouro, em julho, salvou o ânimo do paranaense Jadel Gregório na temporada. Único medalhista do país no Mundial de 2007, em Osaka, ele chegou a ser o último colocado em Doha e desclassificado na fase classificatória no Troféu Brasil este ano. A marca de 17,12 m é a melhor do brasileiro no ano no salto triplo. (ALM)

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