Duas vezes presidente do Coritiba entre 1990 e 91; 1998 e 99 João Jacob Mehl convidou integrantes da imprensa esportiva curitibana para um almoço. Queria ouvir opiniões sobre a ideia de uma reformulação geral no Campeonato Paranaense para fortalecer interior. Ele propôs uma competição disputada ao longo de toda a temporada, na qual os clubes da capital usariam times B. No primeiro semestre, se dedicariam prioritariamente ao "Sul-Brasileiro" (desde que gaúchos e catarinenses também topassem), e à Copa do Brasil. No segundo, ao Brasileirão."Celeiro""Precisamos do interior forte. Como era nos anos 60, 70, um celeiro de jogadores para os times da capital. Hoje os clubes do interior jogam três, quatro meses e param. Vejam São Paulo. O interior continua abastecendo a capital com qualidade", diz Jacob Mehl. Segundo a proposta, o novo Paranaense valeria vaga no Sul-Brasileiro e na Copa do Brasil. Parcerias e fusões
Enquanto o debate sobre o possível estádio conjunto da dupla Coritiba e Paraná toma conta, Mehl lembrou que há mais de dez anos a conversa era sobre outra fusão: "Eu, o Petraglia e o Dilso Rossi (ex-presidente do Paraná) chegamos a fazer três almoços para conversar sobre a criação de um clube único em Curitiba."
Factoide
Após os projetos de estádio de Onaireves Moura, Giovani Gionédis, WTorre e nova Vila, a ideia de arena comum entre Coritiba e Paraná soou como piada entre os atleticanos. Acham que é um blefe. E questionam quem seria o "maluco" investidor. Já Mário Celso Petraglia, via Twitter, diz que o perigo é real.
Apocalíptico
Petraglia acha que a Copa não virá para Curitiba. E que o Coxa tem um projeto sem o Paraná.
Mesma fonte
O Atlético tenta alinhavar uma parceria com o banco BMG grupo ligado hoje ao Coritiba. Nenhum dos envolvidos confirma as negociações, assim como também ninguém nega. Para o Coxa, a instituição financeira trouxe dinheiro e jogadores.
Opositores
A Ultras do Atlético segue batendo na diretoria rubro-negra. Em carta aberta, a facção formulou um questionário. E perguntou aos dirigentes sobre os reforços. Sem retorno, deram a resposta: "Não entraremos em leilão nem conseguiremos nenhum jogador de qualidade, pois todos os outros clubes dão um jeito, nós não!"
Aprendizado
Ricardo Gomyde, assessor do ministro do esporte Orlando Silva e um dos defensores da Copa 2014 no Pinheirão, foi à África do Sul representar o país em um seminário para explorar "possibilidades de intercâmbio de experiências na organização de megaeventos esportivos."
Opinião
O técnico Adílson Batista, em entrevista à Placar, mostrou-se seletivo na leitura diária de jornais. O treinador paranaense revelou que apenas acompanha esporte através da Folha de S. Paulo e da Gazeta do Povo.
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Entrevista
Douglão, zagueiro, ex-Coritiba atualmente no Kavala da Grécia.
Como foi sua primeira temporada na Grécia?
Fiz um bom campeonato, tive um reconhecimento muito bom (foi premiado como o melhor zagueiro) dentro e até fora do país. Foi ótimo depois de uma temporada difícil vivida na França. Senti dificuldade de adaptação no começo, mas consegui dar a volta por cima.
É verdade que em várias ocasiões você virou atacante?
Sim, em alguns jogos que precisou, como na semifinal da Copa da Grécia. No campeonato também disputamos até o fim para entrar nos playoffs. Era aquilo de precisar do resultado e o treinador me orientar, pelo meu porte, de me colocar na frente. Em um jogo desses ganhei a maior nota do jornal.
Como está conviver com a gravíssima crise econômica na Grécia?
Os gregos passam por muita dificuldade. Mas tenho certeza de que vão se reerguer com as medidas que estão sendo tomadas. Pelo que senti lá, o país vem com problemas econômicos desde a Olimpíada de 2004. Isso foi aumentando e agora se tornou incontrolável.
Nas ruas e no clube o que você vê de dificuldade?
Lá comentam que eles não pagam os impostos corretamente. Tem de mudar muita coisa para eles melhorarem a estrutura. O comércio e os bancos, por exemplo, terça e quinta só abrem à tarde, já segunda, quarta e sexta, só de manhã. Sábado e domingo é tudo fechado. É preciso abrir mão de algumas coisas da cultura deles para faturar mais.
E o clube que você joga, como é?
Time pequeno que depois de muito tempo passou a disputar a Primeira Divisão. Fomos brilhantes, ficamos em sexto e chegamos à semifinal da Copa da Grécia. Agora não sei se vou ficar lá. Ocorreram contatos do Werder Bremen, Hertha Berlim (ambos da Alemanha) e Panathinaikos (Grécia).