Espanha e Itália já haviam jogado 120 minutos e cobrado 13 penalidades quando a bola que decidiria a vaga à final da Copa das Confederações apareceu nas mãos mais improváveis. No caminho do círculo central à marca do pênalti, Jesús Navas carregou consigo uma das mais impressionantes histórias do futebol espanhol. E chutou para o fundo do gol de Buffon um pouco do trauma que por anos atrapalhou sua carreira.
Navas, de 27 anos, sofre de Síndrome do Pânico. Suas crises o fizeram abandonar a seleção espanhola antes do Mundial Sub-20 de 2005, episódio que retardou sua chegada à equipe principal. Pelo mesmo motivo, deixou o hotel em duas pré-temporadas do Sevilla, por medo, para voltar horas depois. Tornou-se paciente constante dos psicólogos do clube andaluz, que não conseguia negociar o mais promissor jogador da equipe que tinha Daniel Alves e Sergio Ramos, entre outros.
"Não me lembro da última vez que bati um pênalti, creio que nunca tinha batido. Mas tinha uma clara ideia de onde ia chutar e o segredo foi não mudar no caminho. Estava muito tranquilo porque a confiança passada pela equipe não me deixou ficar nervoso", explicou.
Navas entrou aos 8 do segundo tempo, no lugar de um apagado Pedro. Deu mais profundidade ao jogo espanhol pela direita e criou, no fim da prorrogação, a jogada que Martínez, na pequena área, não conseguiu transformar em gol. Em uma seleção esgotada fisicamente, surge, inclusive, como opção para a decisão.
"Conseguimos chegar bem à final. Temos muita vontade de ganhar o título", disse o meia, que após a Copa das Confederações se apresenta ao Manchester City. Ontem, o clube inglês que desembolsou 25 milhões de euros por Navas teve um sinal claro de que o futebol curou seu novo reforço.
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