Santos e Vitória entraram em campo, nesta segunda-feira, no Pacaembu, sonhando com uma vaga na Taça Libertadores. Mas o 0 a 0 acabou sendo ruim para os dois times. Pior até para o Peixe. Os 30 mil santistas que pagaram ingressos para ver a equipe neste feriado, deixaram o estádio frustrados com a 13º posição, com 40 pontos. O G-4 está sete pontos à frente. Já o Leão, com o pontinho conquistado, está em 10º, com 41.

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Ao fim da partida, em meio a muitas chances perdidas pelo Peixe, os torcedores vaiaram muito a diretoria. Houve até quem gritasse por Marta e Cristiane, estrelas do time feminino, que estão em grande fase na Taça Libertadores.

Peixe aperta, mas passa em branco

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O Santos começou o jogo empolgado e quase marcou logo aos nove segundos de jogo, quando Felipe Azevedo desceu pela direita e cruzou rasteiro para Neymar, livre na entrada da pequena área, completar. O gol não saiu porque o atacante pegou mal na bola e mandou por cima. À medida que o jogo foi se desenrolando, porém, o que era rapidez virou pressa e Peixe começou a perder demais a bola.

Neymar, jogador mais inspirado do Peixe, tentava trocar passes com seus companheiros, mas apenas Felipe Azevedo correspondia. Os dois laterais alvinegros, Luizinho e Triguinho, tinham dificuldades até para dominar a bola. Sobretudo Luizinho, que levou os santistas à loucura, errando muitos passes.

Já o Vitória tinha uma proposta de jogo bem definida: esperar o Peixe em seu campo para explorar contra-ataques, sempre puxados por Neto Berola, que entrou no lugar de Roger, machucado, aos 25 minutos. Com essa estratégia, o Leão conseguiu criar algumas chances. Aos 29, após trapalhada de Luizinho, a equipe baiana roubou a bola. Ramon recebeu dentro da área, driblou dois santistas, mas na hora de fazer o gol, foi travado por André Astorga. Outra boa oportunidade para os visitantes aconteceu aos 37, quando Ramon cobrou escanteio na cabeça de Wallace. O zagueiro só não fez o gol porque Pará apareceu quase em cima da linha para salvar o Santos.

O domínio da posse de bola era do Santos, mas faltava acerto nos passes. Quando houve o mínimo de capricho, o Alvinegro chegou. Isso aconteceu aos 20: Pará rolou para Neymar, que dominou e abriu para Kléber Pereira. O atacante, que entrava pela esquerda, encheu o pé e Gléguer fez grande defesa. Kléber perderia outra boa chance aos 32, quando Neymar fez jogada individual pela esquerda e cruzou para o camisa 9 cabecear fraco.

Vaias para Kléber Pereira e a diretoria

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O Santos encurralou o Vitória desde o início do segundo tempo. Com a entrada de Madson no lugar de Luizinho, o Peixe ganhou mais presença no ataque e passou a criar chances desde o início. Madson tentou aos 2, num chute de fora: Gléguer espalmou. Aos 12, o baixinho recebeu de Neymar e, na cara do gol, errou o chute.

O Vitória não passava do meio de campo. Estava todo acuado, tentando um contra-ataque que não vinha. E o Alvinegro seguia desperdiçando chances. Aos 22, foi a vez de Kléber Pereira mandar na trave mais uma oportunidade: ele completou, de primeira, bom lançamento de Madson e mandou a bola no poste direito.

A paciência da torcida santista com o artilheiro do time, que estava no limite, se esgotou após esse lance. Ele foi substituído aos 26 minutos e a torcida vibrou como num gol. André entrou em seu lugar. O substituto começou mal, mas aos 41 largou Neymar na cara do gol. O garoto avançou, cortou a marcação e tentou colocar, mas errou o alvo.

Com mais uma chance perdida, a frustração dos mais de 30 mil torcedores que compareceram ao Pacaembu explodiu. O alvo dos descontentes: o presidente Marcelo Teixeira. Ele e sua diretoria foram xingados pelos torcedores.