Diz a tradição oral do futebol que há dias em que a bola não entra, e o Santos viveu neste domingo um desses dias. Um dia em que havia uma trave no caminho do time. Foram incríveis seis bolas na trave, e o Ituano, que nada tem com o azar santista, foi mais eficiente e obteve sua primeira vitória no Campeonato Paulista. Fez 2 a 0, em Itu, e deixou a zona de rebaixamento. A equipe da Vila Belmiro caiu para o sétimo lugar.
O Santos dominava as ações no início, mas não tardou muito para que o Ituano equilibrasse o jogo. Em 20 minutos, as duas equipes preferiam experimentar arremates de longa distância, dando certo trabalho aos goleiros. De um lado, Madson e Lúcio Flávio arriscavam. De outro, Ricardo Xavier e Alex Afonso respondiam.
Aos 21, Triguinho lançou para a área, a zaga furou e a bola foi parar nos pés de Kléber Pereira. Começava ali a sequência caprichosa de cinco bolas chutadas nas traves do goleiro Alexandre Fávaro. Só o artilheiro santista acertou quatro, duas de cada lado. A outra foi de Madson, na baliza esquerda, aos 45. Roni ainda acertou uma cabeçada, na segunda etapa.
A essa altura, o Ituano já ganhava o jogo. O primeiro gol do time da casa, que até então acumulava duas derrotas por 1 a 0 e um empate (1 a 1) com o São Paulo, saiu dos pés de Ricardo Xavier. O atacante contou com a falha de marcação de Triguinho, aparou um cruzamento na área e mandou a bola para dentro, aos 29 minutos.
A partir daí, os anfitriões assumiram o contra-ataque como melhor opção, e ficaram à espera do Santos. Nesse esquema, tiveram a chance de ampliar aos 44 e o fizeram dois minutos depois, num contragolpe veloz que acabou com o chute cruzado de Alex Afonso passando pelo meio das pernas de Fábio Costa: 2 a 0 e a certeza de que, além de sorte, faltava ao Santos mais aplicação.
Com o placar desfavorável, o técnico Márcio Fernandes, costumeiramente conservador, resolveu ousar: promoveu a entrada do meia-atacante equatoriano Bolaños no lugar do lateral-esquerdo Triguinho. Sufocar o Ituano a todo custo era ideia. Nem que para isso fosse preciso desguarnecer o sistema defensivo e ficar à mercê das investidas da equipe adversária.
Talvez porque ainda falte a Bolaños ritmo de jogo e, obviamente, entrosamento com seus novos companheiros, pouca coisa havia mudado até os 11 minutos do segundo tempo. Então, o treinador santista voltou a agir: sacou Lúcio Flávio, figura apagada em campo, para colocar Molina. Em cinco minutos, a coisa mais notável que o colombiano conseguiu foi levar o cartão amarelo. Premiação semelhante, e indesejada, recebeu Bolaños dois minutos mais tarde.
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