O presidente Marcelo Teixeira reiterou nesta segunda-feira que o Santos não vai liberar o atacante Robinho para o Real Madrid sem o pagamento da multa rescisória de US$ 50 milhões fixada em seu contrato, válido até 2008. O anúncio foi feito no início desta noite logo depois de uma reunião de quase duas horas, realizada na Vila Belmiro, entre o mandatário santista e integrantes do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), formado em grande parte por ex-presidentes do clube.
Segundo Teixeira, ele convocou a reunião para transmitir ao COF o recebimento da carta fiança de US$ 30 milhões que o procurador de Robinho, Wagner Ribeiro, protocolou na CBF em favor do Santos na quinta-feira. - Hoje (segunda) recebemos a notificação judicial da carta fiança oferecida pelo atleta com o valor de US$ 30 milhões. O motivo da reunião foi esse fato novo. Mas nós mantemos nossa decisão de aguardar o retorno do Robinho ao seu trabalho no Santos - afirmou Teixeira.
Em tom de recado, o presidente santista avisou ainda que a disposição do Santos em defender seus direitos sobre o contrato de Robinho aumentou ainda mais depois que o clube recebeu o apoio oficial da CBF, que na sexta-feira emitiu comunicado no qual concorda com a legalidade da multa de U$S 50 milhões.
- A posição da CBF é de fundamental importância até para a seqüência da carreira do jogador. Queremos que o Robinho exerça seu direito de trabalho no Santos - disse Teixeira.
Como Robinho detém 40% do seu vínculo federativo, seus representantes entendem que os US$ 30 milhões avalizados pelo Real Madrid são suficientes para honrar a rescisão do seu contrato. Porém, o Santos e a CBF entendem que o jogador só teria direito a receber sua parte numa eventual negociação.
- O Santos não quer negociar o Robinho e tem projetos que contam com a sua permanência no clube. Então, se ele quer sair, deve arcar com o pagamento da multa - disse o presidente santista.
Antes de o Santos reiterar sua posição, Ribeiro informou que Robinho e o Real Madrid continuam aguardando uma posição mais flexível do Santos.
- Estamos em compasso de espera - disse o procurador do atacante, que abandonou seu trabalho no Peixe desde o dia 1°.
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