Montevidéu - A segunda-feira foi de tensão. A terça-feira, de alívio. A quarta-feira, esperam os santistas, será de alegria.
Após todas as idas e vindas causadas pelas cinzas do vulcão Puyehue e o risco de adiamento da primeira partida da final da Libertadores, o Santos conseguiu embarcar para Montevidéu para começar a decidir o título. Chegou à capital uruguaia por volta das 12h30 de ontem.
"A gente ia até de charrete se precisasse", brincou o goleiro Rafael minutos antes de deixar São Paulo, com cerca de uma hora de atraso quase nada comparado às previsões menos otimistas.
"Nem quero saber de vulcão, estou mais preocupado com meus marcadores", disse Neymar, principal esperança do clube para igualar o feito do São Paulo, única equipe brasileira com três taças da Libertadores.
As dificuldades enfrentadas pelo Santos para chegar ao Uruguai fizeram com que sua diretoria pressionasse a Conmebol para adiar a partida.
O temor era de que as cinzas expelidas no Chile continuassem interrompendo as viagens aéreas nos países do Cone Sul, o que tem acontecido desde a semana passada.
Chegou-se a cogitar um plano B, que levaria o Santos até Porto Alegre e, de lá, a equipe viajaria de ônibus pelos 800 quilômetros que separam a cidade de Montevidéu. Foi justamente essa hipótese que fez o clube tentar a transferência do jogo.
"Nós mal dormimos sem saber se a gente ia de avião ou de ônibus. Fomos acordados às pressas, mas vai dar tudo certo", afirmou o volante Arouca, que não terá a companhia de Paulo Henrique Ganso no meio de campo lesionado na coxa direita, espera-se a presença do meia na partida de volta, semana que vem, no Pacaembu.
"Ontem foi complicado, a gente não sabia o que ia ser a viagem. Agora já está tudo tranquilo, o elenco está preparado para ganhar", disse o presidente Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro. "Todos querem jogar bola, ninguém quer briga, nem reclamar do juiz. Queremos ganhar no campo."
Ao vivo
Peñarol x Santos, às 21h50, na transmissão interativa da Gazeta do Povo.
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