Protagonista do pior público pagante da Divisão de Acesso até o momento e tendo cinco de seus jogos na lista dos dez piores do campeonato, o São José chega a distribuir, segundo o vice-presidente João Otávio Simões Neto, uma média de 300 ingressos por jogo para que a população prestigie o time.
Assim mesmo, a média de pagantes por jogo na cidade excluindo as duas partidas em Ponta Grossa, quando o estádio do Pinhão estava interditado não chega aos 20 pagantes por partida.
"O público não vem porque nós tivemos anteriormente clubes que não tinham nada a ver com a cidade. Não existe uma identificação", explicou o dirigente. De acordo com ele, não é por falta de divulgação que os moradores deixam de ir aos jogos.
"Nós estamos há um ano fazendo um trabalho nas escolas, para trazer as crianças aos jogos, para que elas participem das nossas divisões inferiores. Fazemos publicidade no jornal da cidade, usamos carros de som, panfletagens e faixas promovendo as partidas. Além disso, temos convênio com empresas para a distribuição de ingressos para os funcionários. Mesmo assim o público não vem. Precisamos acordar o pessoal de São José dos Pinhais", discursou.
Junto com a baixa média de público vem também o prejuízo financeiro. O time da Região Matropolitana de Curitiba fica devendo, em média, R$ 2.796 por partida. O vice-presidente ainda culpa a Federação Paranaense por cobrar as taxas de arbitragem. "Temos R$ 30 mil de prejuízo por jogo. Se a Federação respeitasse o Estatuto do Torcedor, que pede que ela banque as arbitragens, já teríamos pelo menos uns R$ 10 mil a menos por mês", contou.
O presidente da FPF, Hélio Cury, disse que foi decidido em arbitral que as equipes participantes do campeonato arcariam com as taxas. Ele ainda disse que a Federação não cobrou na primeira fase os 10% de receita bruta a que teria direito, para ajudar os clubes, cobrando somente os 2% de emolumentos. "Na segunda fase voltamos a cobrar esses 10% porque nós precisamos ter alguma receita também", finalizou.
Rodrigo da Rocha Leite, advogado especializado em direito esportivo, afirma que a cobrança das taxas de arbitragem é uma disposição legal e que os clubes deveriam discutir isso no momento do arbitral. "Os clubes assumiram entre eles essa nova disposição."
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