O pedido do Bolívar de tirar o primeiro jogo da fase preliminar da Libertadores diante do São Paulo do Morumbi parece não tirar o sono dos dirigentes do time brasileiro. Nesta quarta-feira (26), o vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, garantiu que não tem informação sobre essa possibilidade e minimizou a tentativa do adversário.
"Não tenho nenhuma informação, mas acho difícil que isso ocorra. Claro, se ocorrer recorreremos e tentaremos de todas as maneiras demonstrar que quem deu causa a todos os problemas que ocorreram foi o clube argentino. A entrada de público no campo foi uma comemoração, bem depois do fim do jogo. Até o apito do juiz, o gramado estava intacto, então foi uma demonstração de euforia que em nenhum momento colocou alguém em risco", disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O Bolívar alegou falta de segurança ao fazer o pedido, referindo-se à decisão da Copa Sul-Americana desse ano, quando jogadores e comissão técnica do Tigre se recusaram a voltar a campo para o segundo tempo da partida alegando agressão e ameaças de seguranças são-paulinos. Depois, alguns torcedores do clube brasileiro invadiram o gramado para celebrar a conquista.
Mesmo com estes argumentos, Jesus Lopes não acredita no sucesso do pedido do clube boliviano. "Seria até uma surpresa. O futebol sul-americano tem muito alarde, os adversários procuram sempre utilizar outros recursos que não do futebol nas quatro linhas, até porque o futebol brasileiro tem muito mais qualidade do que esses países de menor expressão futebolística."
O dirigente ainda afirmou que as atenções da diretoria estão voltadas para outras prioridades, como a contratação de reforços. Como o presidente Juvenal Juvêncio já havia feito, ele confirmou a tentativa de acertar com um nome do exterior para substituir Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain, mas se recusou a revelar o alvo para não atrapalhar as conversas.
"Nós temos uma diretriz interna de não antecipar nada enquanto não tiver concretizado, principalmente para preservar os interesses, na medida que a concorrência é muito grande. Há duas concorrências: a ativa, com clubes de São Paulo, do Rio Grande do Sul, que entram na briga pelo jogador para levá-lo, e uma mais irresponsável, que não tem dinheiro nem para pagar salário e entra para tentar atrapalhar a negociação", comentou.
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