Jorge Wagner se prepara, calibra o pé esquerdo e arma as principais jogadas ofensivas do São Paulo. É assim desde a Libertadores de 2008. O São Paulo depende de seu lado esquerdo para variar seu poder de fogo e o camisa 7 é a mais eficiente saída do time no momento em que o laço aperta.

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Os jogadores sentem o desequilíbrio quando comparam o lado esquerdo do ataque ao lado direito. O zagueiro Rodrigo, que tem caído pela lateral-direita em algumas partidas, confirma a tese. "No lado esquerdo a gente tem mais opções, diferente do direito. O Muricy me dá liberdade para chegar por ali, eu tento fazer um cruzamento, mas não é mesma coisa.

O zagueiro não vê problema nenhum em depender tanto das bolas alçadas por Jorge Wagner. "Se a gente tem um jogador (Washington ou Borges) na área que faz muitos gols dessa forma não tem porque de não jogar bola pra ele. É uma força do São Paulo há muito tempo e ganhamos muitos jogos assim", disse Rodrigo, se referindo à partida de sábado com o Barueri, quando o São Paulo só conseguiu seus gols depois que Jorge Wagner entrou no segundo tempo e passou a fazer o famoso chuveirinho. Dois gols na vitória por 3 a 1 saíram desse jeito.

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O lateral-esquerdo Junior Cesar, que teve atuação apagada no primeiro tempo da partida, sentiu que sua produção melhorou quando Jorge Wagner entrou no jogo. "Deu para sair algumas tabelas, nos entrosamos bem e criamos muitas oportunidades. O Jorge é um jogador fora de série e o time sente muita diferença quando ele está em campo", disse o lateral.

O técnico Muricy Ramalho também vê outro time quando Jorge Wagner está em campo. "Ele dá outro ritmo, oferece novas opções. A gente confia muito nele", afirmou o técnico.