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 | Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
| Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Há uma semana, após a vitória sobre o Bahia, Muricy Ramalho insistia sobre a importância de Paulo Henrique Ganso aparecer mais no ataque e bater mais a gol. O craque santista entendeu o recado. Com um golaço dele, a dez minutos do fim, o Santos empatou em 1 a 1 com o São Paulo, neste domingo, na Vila Belmiro pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão. Lucas, numa bela jogada individual, havia aberto o placar nos acréscimos da primeira etapa. Neymar, outra estrela da seleção em campo, foi anulado pelo lateral paraguaio Piris, contratado sob o rótulo de "jogador que melhor marcou Neymar", pelo desempenho dele quando atuava pelo Cerro Porteño e enfrentou o Santos na Libertadores.

Assim como no clássico contra o Corinthians, o São Paulo jogou a maior parte da partida com um jogador a menos, graças a mais uma expulsão de Carlinhos, por duplo cartão amarelo. Na base do contra-ataque, o time tricolor teve duas chances de matar a partida no segundo tempo, mas Rafael fez duas ótimas defesas.

O empate, o quarto seguido do São Paulo na competição, faz o São Paulo manter a terceira posição no Brasileiro, com 35 pontos, a dois do Corinthians e um do Flamengo. Fica na frente do Vasco porque tem melhor saldo. Com um jogo a fazer, o Santos encerra o turno com 22 pontos, em 14.º.

Na abertura do returno, quarta-feira, o São Paulo recebe o Fluminense no Morumbi. Já o Santos visita o Internacional em Porto Alegre. Os dois jogos são às 21h50.

O JOGO - Sem Elano e Arouca, machucados, Muricy Ramalho teve que escalar o time com dois volantes de marcação: Henrique e Adriano. Desta forma, o Santos dominou com facilidade o meio campo, desde os primeiros minutos. Apesar dos três volantes, este setor dos São Paulo não conseguia interromper praticamente nenhum lance ofensivo dos donos da casa. Para piorar, com Cícero Dagoberto e Lucas mais adiantados, os três com características individualistas, a bola parecia queimar nos pés tricolores.

Para parar o perigoso ataque santista, o São Paulo abusava das faltas. Só nos dez primeiros minutos, Juan, Casemiro e Piris fizeram faltas duras. Só quando João Filipe cometeu a dele é que Seneme deu o primeiro cartão amarelo. Logo depois, Carlinhos foi com demasiada vontade, passou reto pela bola na tentativa de dar um chutão, acertou Danilo e levou o amarelo.

Mesmo pendurado, Carlinhos não tomou cuidado. Aos 27 minutos, fez falta em Léo e foi expulso, repetindo o vermelho levado no primeiro tempo do clássico contra o Corinthians. Na ocasião, com um a menos, o São Paulo levou de cinco do seu rival.

Mesmo com a vantagem numérica, o Santos não conseguia ser mais perigoso do que já era na primeira metade da partida. Só assustou Rogério duas vezes, numa cobrança de falta de Neymar aos 2 minutos - o goleiro defendeu no contrapé - e num sem-pulo de Ganso, que passou à esquerda. Felipe Anderson entrou no lugar de Adriano, para deixar o Santos mais ofensivo pelas pontas, mas inicialmente a alternativa de Muricy se mostrou ineficaz. João Filipe, em mais uma excelente tarde, ajudava Piris a neutralizar Neymar.

A mesma preocupação que o São Paulo tinha com Neymar, o Santos não apresentava por Lucas. Acabou pagando por isso. Aos 45 minutos, o garoto tricolor dominou a bola no meio campo, cortou Durval, deu um drible da vaca em Edu Dracena e bateu rasteiro. Rafael fez a defesa parcial, Pará tentou tirar em cima da linha, mas mandou para o fundo das redes.

A vantagem fez o São Paulo ter, no segundo tempo, o espaços que tanto desejava. Na medida em que o Santos atacava, permitia o contra-ataque. Aos 13 minutos, Wellington tabelou com Lucas, recebeu na frente, deixou Adriano no chão, mas parou em Rafael, que fez sua primeira grande defesa. O goleiro voltou a brilhar três minutos depois, quando Casemiro achou Dagoberto livre na entrada da área. O atacante tocou na saída do goleiro, tentou encobri-lo, e viu Rafael salvar o Santos mais uma vez. Em seguida, o são-paulino deixou o campo para a entrada de Henrique.

O Santos tentava de todos os jeitos. De fora da área, em cruzamentos, tabelas. O São Paulo se defendia do jeito que dava. Aos 29 minutos, Borges recebeu pela direita da área, na frente de Rogério, e mandou por cima do gol. Para reforçar o ataque, Muricy trocou Pará por Alan Kardec.

A substituição se justificou. Aos 35 minutos, o Kardec recebeu na área, fez o pivô e Ganso acertou fantástico chute, se trivela no ângulo direito de Rogério Ceni, que nada pôde fazer além de observar o golaço.

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