A seleção do penta deixou bons fluidos para o São Paulo. Na manhã deste domingo, o tricolor paulista sagrou-se tricampeão mundial de clubes ao derrotar o Liverpool na mesmo campo onde o Brasil conquistou seu quinto título mundial em 2002. A equipe brasileira foi valente e depois do gol de Mineiro, aos 27 minutos do primeiro tempo, suportou enorme pressão do campeão europeu, que não perdia há onze jogos.
Com a conquista, o São Paulo tornou-se o time brasileiro que mais vezes sagrou-se campeão do mundo. O tricolor paulista levantou a taça também em 1992 e 1993, enquanto o Santos, de Pelé, o fez em 1962 e 1963. Flamengo, em 1981, e Grêmio, em 1983, também foram campeões. O Liverpool chegou três vezes à final do Mundial de Clubes e perdeu as três, em 1981, 1984 e 2005.
Numa final é de se esperar certo nervosismo das duas equipes brigando pelo título. Em Yokohama não foi diferente. O Liverpool começou pressionando e assustando com o espanhol Morientes logo aos dois minutos após cruzamento do inglês Gerrard. Antes que o São Paulo pudesse reagir, a partida teve que ser interrompida por causa de uma invasão de campo. Com a bola rolando após quatro minutos de paralisação, o tricolor conseguiu sair para o jogo, mas somente ameaçou o Liverpool com real perigo aos 21 minutos, quando Amoroso dominou na entrada da área inglesa, se livrou de um marcador mas chutou no centro do gol, onde Reina defendeu sem problemas.
A jogada deu moral ao tricolor e fez o Liverpool se encolher um pouco. Pressionando o adversário na defesa, o São Paulo acabou abrindo o placar aos 27 minutos, em uma bela jogada. Aloísio dominou na entrada da área e fez um ótimo lançamento entre os zagueiros do Liverpool. A bola chegou a Mineiro, que deslocou Reina com um toque de classe. Acabava ali a invencibilidade do time inglês, que estava há onze jogos sem sofrer gol.
Mesmo melhor, o São Paulo levou susto aos 28 minutos, quando o espanhol Luis Garcia cabeceou no travessão. Depois, aos 34, Gerrard teve a oportunidade do empate mas chutou para fora ao completar cruzamento que veio da linha de fundo. O recuo do tricolor permitiu ao Liverpool espaço para uma "blitz" e aos 38 Rogério Ceni salvou o time brasileiro espalmando cabeçada de Luis Garcia.
Rogério terminou o primeiro tempo sendo decisivo e também começou a segunda etapa desta maneira. Aos seis minutos, Gerrard cobrou falta com perfeição e o goleiro do São Paulo, também perfeito, impediu que a bola entrasse no ângulo. Pouco depois, aos dez, Ceni novamente impediu o empate, espalmando um cruzamento de Morientes. A bola bateu no travessão antes de sair.
Por causa do recuo excessivo e da pressão adversária na saída de bola, o tricolor paulista teve muita dificuldade para passar do meio-de-campo. O resultado foi muita apreensão por parte da torcida, uma vez que o Liverpool dominava completamente o jogo. Aos 20 minutos, perigoso Luis Garcia esteve perto de marcar outra vez, mas Rogério Ceni espalmou o chute cruzado do espanhol. Rafa Benitez tentou aumentar a força ofensiva inglesa colocando Riise, Sinama e o grandalhão Crouch, de 1,98m e que marcara dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Saprissa, nas semifinais.
E foi na base da raça e dos chutões que o São Paulo conseguiu sustentar a vitória até o apito final.
São Paulo 1 x 0 Liverpool
Local: Estádio Yokohama, Yokohama, Japão
Árbitro: Benito Archundia (México)
Cartão amarelo: Lugano
Gol: Mineiro, aos 27 minutos do primeiro tempo
São Paulo: Rogério Ceni, Fabão, Edcarlos e Lugano; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Aloísio (Grafite). Técnico: Paulo Autuori
Liverpool: Reina, Finnan, Carragher, Hyypia, Stephen Warnock (Riise); Sissoko (Sinama), Gerrard, Xabi Alonso e Luis Garcia; Harry Kewell e Fernando Morientes. Técnico: Rafael Benitez
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