São Paulo – Se os dirigentes são-paulinos não conseguem disfarçar o clima de euforia e favoritismo na final da Libertadores, entre os jogadores e o técnico Paulo Autuori a coisa muda completamente de figura.

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Enquanto o clube arma a festa para levantar pela terceira vez a taça do torneio continental (fato inédito para os clubes brasileiros), a equipe tricolor faz questão de mostrar respeito pelo Atlético. O confronto será amanhã, às 21h45, no Morumbi.

Com todos os 71 mil bilhetes negociados, a cúpula do São Paulo prepara um esquema para a torcida acompanhar a grande final em telões espalhados pela cidade. Entre os pontos escolhidos, destaca-se a Avenida Paulista (tradicional ponto de comemoração).

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Havia a intenção de exibir o confronto também em frente ao estádio, mas a Polícia Militar vetou ontem essa possibilidade – sob o argumento que poderia haver tumulto pelo acúmulo de pessoas concentradas no local.

"Vamos facilitar para quem está sem ingresso, mas isso não tem nada a ver com o clima de já-ganhou", vem dizendo Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo.

Outro sinal de empolgação partiu do departamento de marketing do clube. Haverá, pouco antes da bola rolar, uma deslocada homenagem ao atacante Grafite, que se recupera de uma contusão no joelho direito. A idéia é exibir uma faixa de incentivo ao atleta, impossibilitado de jogar futebol até o término desta temporada.

Mas o ambiente festivo perde espaço justamente quando chega ao CT da Barra Funda, o local de treinamentos do rival atleticano. Depois da polêmica frase de Amoroso ("Vai ser Morumtri"), apenas elogios ao Rubro-Negro. Sinais de soberba passam longe.

Para se obter tal contraste, uma espécie de blindagem ao suposto oba-oba foi armado em torno do grupo. A proibição de visitas (leia-se personalidades do mundo artístico e afins) durante o período de concentração, que começou ontem, acabou sendo uma das medidas para manter o foco dos atletas no duelo.

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Há espaço até para elogios ao Furacão e à postura adotada por Antônio Lopes. "Eles marcam com muita força. Fazem bastante falta e lutam o tempo inteiro. É um time que mostra bastante vontade", descreve o lateral-esquerdo Júnior.

"No jogo do Beira-Rio (1 a 1), por exemplo, o Alan Bahia pegou o Danilo e foi muito bem. Esta será a tônica do duelo: muita marcação individual. Teremos que nos redobrar e correr mais que o Atlético", completa o jogador são-paulino.

O esquema de abafa, rebatizado de blitz, será a estratégia dos donos da casa para conquistarem o título sem percalços. No trabalho tático comandado por Autuori ficou nítida a preocupação em pressionar a defesa paranaense. O jogo aéreo, com Lima e Aloísio, também surge como forte preocupação dos paulistas.