São Paulo Os 67 mil torcedores que lotaram o Morumbi silenciaram quando Fabão montou em Bautista na grande área. O relógio marcava 28 minutos do primeiro tempo, e um gol do Chivas naquele momento em que os mexicanos dominavam o jogo poderia significar o início da eliminação são-paulina.
Aí, Rogério Ceni entrou em cena. Um passo sutil para frente e um salto preciso para o canto esquerdo bastaram para deter o pênalti cobrado por Morales, "forte e à meia altura, como todo o goleiro gosta", conforme definiu o ídolo são-paulino. A mãozinha do camisa 1 despertou o São Paulo, que impôs 3 a 0 ao Chivas e garantiu a vaga à final da Libertadores pela sexta vez, a trajetória mais brilhante de um clube brasileiro no torneio. São três títulos (92, 93 e 2005), dois vices (74 e 94) e duas semifinais (72 e 2004).
O São Paulo espera por Inter ou Libertad, que se enfrentam hoje, em Porto Alegre, na decisão continental. Caso o Colorado se classifique, a segunda final seguida da competição entre dois clubes brasileiros terá o primeiro jogo no Morumbi (9/8) e a partida decisiva no Beira-Rio (16/8). Em caso de classificação paraguaia, o primeiro duelo será em Assunção, o outro na capital paulista.
A obra iniciada por Rogério Ceni foi concluída pelo ataque são-paulino. Em uma jogada com a participação de Júnior, Danilo e Ricardo Oliveira, Leandro fez 1 a 0, aos 33 minutos. Cinco minutos depois, passe de Ricardo Oliveira e chute de Mineiro no ângulo: 2 a 0.
A classificação foi sacramentada aos 3 do segundo tempo. Souza cruzou e Ricardo Oliveira, de cabeça, fez o terceiro gol. No restante do segundo tempo o Tricolor limitou-se a controlar o jogo, um jogo que, como o zagueiro Lugano definiu, começou a ser ganho "quando apareceu essa figura enorme que é o Rogério Ceni".
Em São Paulo - São Paulo 3 X 0 Chivas