Tente convencer um torcedor do São Paulo que o jogo de quinta-feira, em Buenos Aires, contra o Boca Juniors (ARG), pela decisão da Recopa Sul-Americana, é mais importante do que o clássico com o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, no próximo domingo, no Morumbi. Você não vai conseguir. Tanto que as provocações sobre o principal rival já começaram.
- É claro que, pela situação, o jogo com o Corinthians tem uma importância maior - diz o ala Souza, que espera pelas provocações do ex-parceiro Amoroso, que deve estrear com a camisa do rival.
Mas a primeira cutucada veio do superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha. Segundo o dirigente, as últimas rodadas do Campeonato Brasileiro favoreceram o Corinthians, que, no final de semana, conseguiu sair da zona de rebaixamento. E justamente com uma vitória de 1 a 0 sobre a Ponte Preta, em um gol de pênalti bastante discutível.
- O jogo com o Corinthians tem uma dimensão maior. Mas temos de tomar cuidado com esse projeto "Timão Esperança" que criaram. Tudo está ajudando. Eles foram ajudados contra o Botafogo, contra a Ponte Preta. No "Timão Esperança", você liga 0800200601 e doa um ponto; liga 0800200603 e doa três. Não queremos doar nada! - ironiza Cunha, comparando com a campanha Criança Esperança, da TV Globo, que arrecada fundos para campanhas beneficentes.
Desde já, a diretoria cobra uma atenção especial para a escala da rodada do fim de semana. Recentemente, os são-paulinos reclamaram de Carlos Eugênio Simon e da sua atuação no empate de 1 a 1 com o Flamengo. O Tricolor ficou de mandar cartas à CBF e à Fifa pedindo para Simon não ser mais escalado.
- Vamos ficar de olho no juiz - avisa Marco Aurélio Cunha.
Mas e o primeiro duelo decisivo contra o Boca Juniors? Ninguém fala nada? O superintendente de futebol tricolor falou.
- Vale sim, até porque o Boca é maior que o Corinthians. E é uma final internacional. Não somos um time caseiro como muitos por aí - alfineta o dirigente, lembrando que o rival só ganha título no território nacional.