São Paulo (AE) O São Paulo quer estrear no Mundial de Clubes, dia 14 de dezembro, como tricampeão da Libertadores e tetracampeão brasileiro. A conquista do título nacional, que o clube não tem desde 1991, é considerada, pela diretoria e pelo técnico Paulo Autuori, como a melhor maneira de se ter um time competitivo no Japão.
A opção pelo Brasileiro faz com que o São Paulo deixe em segundo plano a disputa da Copa Sul-Americana, em que estréia dia 17 de agosto, em Porto Alegre, contra o Inter. "A Sul-Americana perde um pouco de importância quando já se ganhou a Libertadores. Nossa meta real é o Brasileiro", diz o superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha.
A luta do São Paulo para ter um time forte no fim do ano é manter Lugano e Cicinho, que devem receber ofertas da Europa. E renovar o contrato de Júnior. Quanto a Cicinho e Lugano, é lógico que o clube não consegue rivalizar com ofertas de clubes europeus, mas há a crença, talvez exagerada, que os dois possam ficar embalados pela possibilidade de disputar o Mundial.
Diego Tardelli foi definido como o novo titular do ataque, em lugar de Luizão, mas há a possibilidade de uma nova contratação. Isso dependerá da evolução de Róger e da possibilidade de Grafite jogar o Mundial, graças a uma recuperação física que tem impressionado os médicos do clube.
O que se prevê é a saída de dois jogadores do elenco. "O time está valorizado e o assédio aumenta. Estatisticamente, sempre saem alguns jogadores. Se houver ofertas, serão analisadas", diz Marco Aurélio.A valorização do elenco pode ser medida pela avaliação que o técnico Carlos Alberto Parreira fez da atuação da equipe na decisão. O treinador da seleção acompanhou a final dos camarotes do Morumbi e gostou do que viu: "Foi uma conquista incontestável; numa atuação primorosa."
Ele elogiou todos os atletas do São Paulo, embora tenha destacado o desempenho de Amoroso, Luizão e Cicinho. E citou Rogério Ceni como um dos grandes responsáveis pelo título da equipe. "Os homens de frente tiveram papel fundamental na goleada, são experientes, com passagem pela seleção. Cicinho, apesar de bem marcado, foi outro que se saiu muito bem. Melhora a cada dia".
De acordo com o treinador, mesmo se o Atlético-PR tivesse convertido o pênalti no final do primeiro tempo, desperdiçado por Fabrício, o São Paulo teria todas as condições de fazer prevalecer sua superioridade no decorrer da partida. "Poderia até abalar um pouco o time. Mas não acredito que alterasse o resultado final".
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